terça-feira, 2 de setembro de 2014

Só pra impressionar...

CARREATAS

Os candidatos nas eleições sempre procuram mostrar força organizando carreatas imensas, com carros de som potentes, muitos carros de passeio, vans, ônibus, gente uniformizada, todos os veículos enfeitados e cheios de bandeiras, verdadeiros "out-doors" ambulantes.
Acham que quanto  maior o cortejo melhor a impressão no eleitorado, mesmo que o movimento seja composto na maior parte de "voluntário$" e "aDASistas", digo, adesistas, a distribuir o material do candidato em carros fretados só para o evento. Ou que receberam uma "ponta" de combustível para o percurso.
E os candidatos seguem em pé na carroceria de um carro aberto, ídolos festivos a receber o aplauso (ou não) dos passantes nas calçadas, dos moradores das casas e dos apartamentos que cheguem na janela, e dos motoristas e ocupantes dos outros veículos.
+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=
Tenho dúvidas sobre a eficácia destes "corsos" em determinadas áreas de uma cidade como Belém, onde o crescimento vertical das habitações impõe uma distância do que acontece nas ruas e calçadas.
Em alguns bairros da capital e outras cidades menores, tudo bem.
O barulho, as músicas, as buzinas, chamam a atenção.
Embora nenhum motorista a caminho do seu "domingão" goste de ficar retido por conta de movimentos políticos...
+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+= 
Mas para os candidatos aboletados em cima do carro, nem sempre as coisas andam bem.
Às vezes fica desagradável.
A festa e a boa recepção algumas vezes se resume aos seus próprios correligionários, sem muita adesão popular. 
E tem mais.
Conversando com Gerson Peres há alguns anos, ele disse porque não gostava de carreatas:
"Muito desagradável, você fica acenando lá de cima, e um sujeito cá em baixo te manda um 'cotoco', te xinga, e você tem que continuar rindo e agradecendo"...
Faz parte.