segunda-feira, 1 de setembro de 2014

ERLON ROCHA: ESTOU SENDO VITIMA DE PERSEGUIÇÃO POLITICA

Empresário denuncia Arcon de perseguir quem é contra o governo de Simão Jatene

Empresário denuncia Arcon
Empresário denuncia Arcon
O monopólio promovido por empresas que fazem linha de lancha entre Santarém e Itaituba levou o empresário do ramo da navegação Erlon Rocha, proprietário da empresa Erlonave, a denunciar a Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos no Estado do Pará (Arcon). Por conta de ter sido proibido de realizar viagens comerciais em sua lancha na rota Santarém/ Itaituba, o Empresário suspeita que está sendo vítima de perseguição política por parte do Governo do PSDB, o qual administra a Arcon.
Hoje, o deputado estadual Antônio Rocha, pai de Erlon Rocha, que é candidato à reeleição pelo PMDB, apóia a chapa encabeçada por Helder Barbalho (PMDB) e o vice Lira Maia (DEM). Por conta de ser oposição à reeleição do atual governador Simão Robson de Oliveira Jatene (PSDB), há suspeita de que a proibição das viagens da lancha ‘Ana Karolinne IV’ de Santarém para Itaituba seja de cunho político.
A lancha tem capacidade para 403 passageiros, com banheiros internos, inclusive adaptados a passageiros especiais e ambiente totalmente climatizado. A sua duração de viagem referente à linha Santarém/Itaituba é de 6 horas.
Desde o dia 11 deste mês, a Justiça de Santarém determinou que a empresa Erlon Rocha Navegação Ltda (Erlonave) suspenda o transporte de passageiros que vinha sendo feito através da lancha ‘Ana Karolinne IV’, que operava na rota Santarém/ Itaituba, desde fevereiro deste ano.
O empresário Erlon Rocha conta que foi notificado da decisão e deste então passou a cumprir a determinação, mais precisamente a partir do dia 11 de agosto, data do despacho do juiz Marcelo Góes de Vasconcelos, titular da 8ª Vara Civil de Santarém. O magistrado também estipulou multa de R$ 50 mil por viagem em caso de descumprimento. A ação foi movida pela empresa Diniz Navegação Ltda, concorrente da Erlonave.
“Meu pai tem mais de 25 anos de atuação no transporte fluvial na Amazônia. Hoje, eu inovei e coloquei a maior lancha à disposição da população da região e tudo o que a Arcon pediu para liberar a linha, nós apresentamos. Eu não sei o tipo de monopólio que a Agência está fazendo para que a lancha continue parada no Porto de Santarém!”, questiona Erlon.
FLUXO DE PASSAGEIROS: Em Itaituba, o fluxo de passageiros que viajam diariamente por via fluvial é intenso, porém, não há embarcações suficientes e nem com conforto e segurança para suprir a demanda. Desde que a lancha ‘Ana Karolinne IV’ passou a operar na linha Santarém/Itaituba/Santarém, a concorrência passou a se incomodar com a presença da embarcação, que tem capacidade para 403 passageiros. As outras duas lanchas Princesa do Tapajós e Veloz, juntas suportam apenas 120 pessoas. Além disso, a lancha da empresa Erlonave realizava três viagens por semana com tempo médio de seis horas de viagem entre uma cidade e outra.
“Quando eu entrei nessa rota, as duas outras empresas estavam irregulares. Uma delas, a Diniz, estava com sete anos atrasada. A Arcon legalizou essa empresa, que entrou na justiça contra a minha e paralisou as viagens da minha lancha. Hoje, a população precisa de uma embarcação que apresente conforto, porém, por causa da liminar a minha lancha está parada”, denuncia o empresário Erlon.
Ele revela que a Arcon alega que não pode deixar a lancha navegar porque não existe demanda. Porém, Erlon afirma que sua empresa já provou que existe demanda. “Tanto é que a minha lancha tem capacidade para 403 passageiros e já viajamos com todos os assentos ocupados”, declarou.
Para Erlon Rocha, a Arcon deve apresentar à sociedade os critérios utilizados para legalizar as empresas de navegação, principalmente por conta de ter empresas que operam com a licença de sete linhas na região Oeste do Pará, para diversas cidades.
“Já a nossa empresa que tem todas as condições possíveis para viajar não está podendo trabalhar por causa dos critérios da Arcon. Será que uma empresa tem mais dinheiro do que a outra? Então, queremos saber qual é esse critério que deve ter para a Arcon liberar as viagens da minha lancha?”, interroga o empresário.
REPERCUSSÃO: A decisão da Justiça repercutiu na Câmara Municipal e na cidade de Itaituba. O vereador Peninha usou a tribuna para criticar a Arcon, acusando-a de ser a responsável ou irresponsável pelo que vem acontecendo nesta linha fluvial de Itaituba-Santarém-Itaituba. Peninha disse que a agência vem ‘empurrando com a barriga’ esta questão, pois já deveria ter realizado a licitação para a exploração desta linha.
“O que estamos vendo hoje são permissões para fazer esta linha, o que deixa muito à vontade a exploração”, disse o parlamentar.
Fonte: RG 15/O Impacto