Transplante de pênis desenvolvido em laboratório poderá ser realizado em cinco anos
O conceito pode soar absurdo, mas a equipe de pesquisa liderada pelo dr. Anthony Atala já realizou, com sucesso, uma operação em coelhos, os quais em seguida conseguiram se reproduzir e gerar crias.
Além do mais, os pesquisadores de Wake Forest já transplantaram com sucesso vaginas cultivadas em laboratório em meninas adolescentes que nasceram com uma doença chamada Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser, que impede o desenvolvimento normal da vagina, complicando a função sexual e o parto.
Segundo informações do The Guardian, que conversou com os pesquisadores, a questão da regeneração e substituição do pênis é mais complicada devido à densidade do órgão e à complexidade do tecido erétil que possibilita a função sexual.
De acordo com o jornal, o método de Atala consiste em usar o pênis de um doador e remover suas células por meio de uma imersão em detergente. Em seguida, são acrescentados o músculo liso e regenerado e as células endoteliais.
Tal como o clitóris feminino, o pênis é mais comprido do que aparenta ser, pois se estende por trás dos ossos da pélvis, e, no caso de acidentes, geralmente há tecido suficiente que pode ser aproveitado para a regeneração.
O cirurgião francês dr. Pierre Foldès desenvolveu um método para reparar clitóris danificados, usando o comprimento escondido desse órgão. O tecido cicatricial é removido e a porção escondida restante é puxada para a frente e colocada na posição natural, para a restauração do prazer sexual.
Enquanto isso, a equipe ítalo-americana da Foregen, está tentando regenerar uma parte específica do pênis - o prépucio - para colocá-lo de volta em pacientes insatisfeitos com uma circuncisão.