sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

CRISE

A crise da Petrobras coloca em segundo plano a tentativa do PT e do governo de fazer uma reforma política. De acordo com analistas, o governo não dá sinais de que terá força suficiente para conduzir no Congresso uma negociação delicada que afeta diretamente dois dos principais partidos da base: PMDB e PP.
O PT aposta na mobilização popular. A coordenação petista da “Campanha pela Reforma Política” criou um cronograma de atividades de fevereiro até junho, quando quer encaminhar a proposta ao Congresso. Contudo, o PT terá que concentrar os esforços no apoio a Dilma devido à crise. Dificilmente a pauta entrará em campo no primeiro semestre do ano que vem. “O momento não é favorável ao governo. Isso ficou claro na votação da alteração do cálculo do superavit primário onde a presidente Dilma teve que barganhar. Não vejo como o governo conseguirá levar a frente proposta que mexe com tantos interesses no Congresso”, diz o cientista político e pesquisador da UFRJ Sandro Corrêa.
O primeiro desafio petista é a manutenção do comando da Câmara. O PT lançou o deputado Arlindo Chinaglia (SP) para a disputa. Na semana passada, o presidente do PT Rui Falcão disse que o partido “não vai abdicar” de ter um nome na disputa contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se lançou oficialmente na disputa.