Não apenas com aquela canção
interpretada pela cantora Simone, dentre outros cantores que já ficou
manjada e insistem e mantê-la há quase dez anos, em detrimento do Jingle
Bel e da Noite Feliz.
Mas como dizia a minha saudosa mãe
quando ia elogiar alguém: “justiça seja feita”, a decoração dos
logradouros públicos, deste ano, ao contrário dos enfeites natalinos do
ano anterior, este ano tem mais luz, mais Natal, mais alegria. Parabéns a
equipe dessa quantidade de secretarias e coordenadorias do atual
governo municipal e, em especial, a que trabalhou na decoração. E com
esse espírito e brilho natalinos é que eu vou tentar colocar meu
sapatinho embaixo de minha rede, na janela, no pátio, para ver se ganho o
meu presente de Natal, Papai Noel do prefeito “de peso” e “ausente” de
Santarém o prometido, durante a sua campanha eleitoral aos moradores da
COHAB que era o asfaltamento da Turiano Meira, da Muiraquitã até a
Moaçara, que estava no projeto de 2014. E não cumprida até agora.
E como sempre diz nas entrevistas do
secretário Edilson da SEMINFRA “ … está no projeto….”. e como estamos na
última semana do ano. Não deu. Tchau!. Só um milagre do Papai Noel
neste espírito natalino para a promessa ser cumprida dentro desse exíguo
espaço de tempo. Mais uma promessa não cumprida. E continuará, no ano
seguinte, enganando o povo que lamentavelmente, como disse Pelé nos anos
70: – “o brasileiro não sabe votar”- e elege esse tipo de político. Ou
dirá para acalentar e continuar a debochar dos eleitores. “Será o
primeiro projeto do ano vindouro” e assim vai empurrando com a abundante
barriga.
Relembrem, imaginem como eram as
crianças do meu tempo. Pela manhã do dia de Natal! Bem cedo mostravam
orgulhosos e faceiros os brinquedos que o Papai Noel lhes deixou no
sapatinho, na noite feliz: o carrinho, uns de plásticos ou de madeiras, o
revólver de espoleta, davam um ar de mocinho dos seriados dos Western
das telas do cinema Olímpia, cinto, coldre, sem terem a mente criminosa
dos atuais proprietários de armas caseiras, feitas nas periferias de
Santarém. Os mais ricos ganhavam velocípedes ou mesmo bicicletas. E as
meninas exibiam suas bonecas, as novidades eram as de plásticos e outras
suas bonecas de panos, eram comuns naquela época, feitas de retalhos
das costureiras, algumas negrinhas (não havia descriminação e, também,
não havia Barbie) e carregavam-nas no colo em gesto maternal. Miniatura
de cozinhas, instrumento de médicos etc…Era uma alegria geral na rua.
Todos estavam felizes para mostrar o que o Papai Noel lhes trouxera de
presente no seu saco, depois da missa do galo. À tarde ia-se até a
catedral da Matriz para ver o Presépio, decorado e armado, pelo, naquela
época, jovem artista plástico Laurimar Leal.
Mas nestes tempos tucanos, o terreno
Santareno não está para o trenó da Prefeitura de Santarém (ou seria
melhor, uma retro escavadeira). Um outro governo tucano, o estadual, não
continuou a obra, como as outras estaduais e o Papai Noel não irá mais
para o Colosso do Tapajós, pois as crianças desta geração de Whats apps,
Iphone, tablet e outros tantos neds e bytes não terão esse prazer, vão
ficar em casa, ligados na tela.
Mas eu queria mesmo neste momento de
reflexão da noite de Natal, antecipando o ano seguinte pudéssemos viver
sem delações, provas, prisões, investigações, declaração de culpa ou
inocência. Que se visse se as coisas realmente vão mudar? Há quem não
tenha preço e não se venda? Há quem resista às muitas perseguições e
ameaças. Que haja gente suficiente para limpar o recinto e começar a
transformar o País? O tempo de ainda vermos tudo mudado em tempo da
nossa vida? Mas o importante é olhar a cara limpa no espelho a cada
manhã e sentir-se bem: não tenho preço!
Então, caros leitores, nesta noite
feliz, só me resta repetir as palavras que os pastores ouviram no céu:
“Pax in terrae! Gloria In excelsis Dei”. = “Glória a Deus nas alturas e
Paz na terra aos homens de boa vontade”.
Espero que o secular benjaminzeiro na
praça da Matriz – Monsenhor José Gregório, caída por força dos fortes
ventos da madrugada de 17 para 18, deste, que seja logo substituído por
outra da mesma espécie ou uma de planta regional. Com a palavra o Horto
Municipal. Tem?