Partidos de oposição se articulam no Congresso brasileiro para punir a
Venezuela no âmbito do Mercosul. Acusam o governo de Nicolás Maduro de
violar o Protocolo de Ushuaia,
que fixa o regime democrático como condição para integrar o bloco.
Planejam ações legislativas, judiciais e diplomáticas. Deve-se a
iniciativa ao deputado Raul Jungmann (PPS-PE), vice-líder da oposição.
Ele
negocia com PSDB e DEM a reação contra a escalada autoritária de
Maduro. Faz isso três dias depois da prisão do prefeito de Caracas
Antonio Ledezma. Principal opositor de Maduro, Ledezma foi arrancado à
força do seu escritório por cerca de cinco dezenas de agentes do Sebin, o
Serviço Bolivariano de Inteligência. Agiram sem mandado judicial.
Os
opositores de Dilma Rousseff a criticam pelo silêncio. Enxergam na
inação do governo brasileiro um quê de cumplicidade. Jungmann negocia
com seus correligionários um lote de providências.