Dayan Serique culpa Simão Jatene pelo caos que se implantou na educação
Estudantes, familiares, professores,
diretores e demais funcionários e colaboradores da área de educação
vivem um dilema no Estado do Pará. Escolas com risco de desabamento,
falta de concurso público para preenchimento de vagas e corte no
salários dos professores viraram tema de manchetes dos principais
jornais do Pará, nos últimos meses.
Por conta do descaso e de não ter mais
pra quem apelar, os professores da rede estadual decidiram entrar em
greve em Santarém e nas demais cidades do Estado. Os problemas
enfrentados pela comunidade escolar geraram críticas do vereador Dayan
Serique (PPS).
Referindo-se ao descaso do governo
estadual com relação ao não pagamento do piso nacional de salário aos
professores, o vereador Dayan Serique fez a seguinte declaração: “Sou
professor e estou vereador”. Dayan acrescenta que na hora em que o
Governador não dialoga com a classe dos professores, não realiza
concurso, não investe nas escolas e não dá condição de trabalho,
torna-se responsável pela greve dos professores.
Segundo Dayan, a greve dos professores
da rede estadual já está oficializada desde a última sexta-feira, 20, em
Belém, e começou na quarta-feira, 25, em Santarém.
Além de Santarém, os professores
decidiram a paralisação da categoria em todo o Estado, onde a greve é
contra o governo de Simão Jatene (PSDB), contra o fechamento de salas de
aula e melhoria. O Pará é o terceiro Estado com comando tucano com a
educação em caos, acompanhando São Paulo e Paraná.
Em nota publicada nas redes sociais, o
Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp)
afirmou que a ampla maioria dos trabalhadores votou a favor da suspensão
das atividades, como forma de pressionar “os cortes de Jatene” sobre o
salário dos professores.
Segundo a categoria, os professores
sofrem “redução salarial com implementação da lotação 2015, imposta pela
Seduc, além de permanecer sem previsão para o pagamento do piso
nacional”.
Além do pagamento, outros pontos também
estão sendo cobrados pelo movimento grevista, como a falta de segurança
nas escolas, falta de infraestrutura dos prédios escolares,
implementação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) e
modulação do ensino.
NEGOCIAÇÃO - A falta de
uma negociação séria e eficaz por parte do governo, na pessoa do
secretário Helenilson Pontes e do governador Simão Jatene, perante a
pauta do Sindicato levaram Santarém a optar pela greve.
Dentre as demandas estão: o não
pagamento do Piso Salarial Nacional e a falta de portaria de lotação
2015 e junto à orientação da SEDUC para que os professores fossem
lotados apenas com no máximo 150 horas de regência, levando com isso à
diminuição de salários. O Sindicato entende que o servidor tem direito
de ser lotado em 200 horas de regência e, que o direito está expresso no
acordo assinado no fim da greve de 2013 pelo governo, e também está na
Lei da Jornada e aulas suplementares (nº 8.030/2014).
Por: Manoel Cardoso