Consórcio aplica golpe em empresários
Jorge Taketomi denuncia empresa responsável pela obra do Estádio
Jorge Taketomi denuncia calote aplicado pela empresa responsável pela obra do Estádio
Empresários do ramo alimentício
denunciam o calote sofrido por parte do Consórcio União Paraense,
responsável pelas obras de reforma e conclusão do Estádio Colosso do
Tapajós, com aporte financeiro da Secretaria de Obras Públicas do Estado
do Pará (Seop), no bairro do Aeroporto Velho, em Santarém, Oeste do
Pará.
O prejuízo, segundo o empresário Jorge
Taketomi, ultrapassa R$ 13 mil. Ele é proprietário da Panificadora
Mestre do Pão, localizada em frente ao estádio Colosso do Tapajós e, que
servia café da manhã, aos operários do Consórcio União Paraense.
Jorge Taketomi afirma que desde o mês de
setembro de 2014 não sabe o que é ver a cor do dinheiro que deveria ser
pago pelo Consórcio. Por conta do calote sofrido, Taketomi teme que sua
padaria feche as portas, porque segundo ele, por causa da falta de
pagamento do Consórcio, ele ficou sem pagar os fornecedores, assim como
teve que demitir vários funcionários.
Uma planilha da Panificadora Mestre do
Pão mostra que no mês de setembro de 2014 foram fornecidos para o
Consórcio União Paraense cerca de 3.166 unidades de café da manhã
completo, no valor de R$ 1,85 cada. Porém, como ficou sem receber,
Taketomi afirma que somente no mês de setembro de 2014 somou R$
5.857,10, de prejuízo.
Já em outubro de 2014, o prejuízo chegou
a R$ 5.736,00, enquanto que em novembro o valor que deixou de ser pago
pelo Consórcio União Paraense à Panificadora Mestre do Pão chegou a R$
1.972,10, de acordo com Jorge Taketomi.
“Nas eleições do ano passado, o
Consórcio colocou algumas pessoas trabalhando na obra. Quando acabou o
período eleitoral as obras paralisaram e o Consórcio deixou de pagar os
operários e as empresas que forneciam alimento, como a minha padaria e
um restaurante também”, ressaltou o empresário.
De acordo com Taketomi, os operários
voltaram ao trabalho neste ano e, com isso o Consórcio fez a promessa de
pagar a dívida, mas até o momento nada foi feito e o prejuízo aumentou
gradativamente. “Aí tem os fornecedores da padaria que ficam me cobrando
a dívida. Ainda tenho a dívida da conta de luz e aluguel do prédio.
Estou há oito meses sem receber nenhuma moeda e eles só fazem promessa
de pagar, mas até agora, nada!”, reclama o empresário.
Jorge Taketomi acrescenta que a gerência
da firma, que fica no próprio Estádio, lhe prometeu pagar o dinheiro no
mês de março deste ano, mas não fez a quitação do débito. “Além disso,
eles colocaram outra empresa fornecendo o alimento, não me pagaram e não
deram satisfação nenhuma. Agora eu vou cobrar providências na Justiça,
porque tenho muitas dívidas e os fornecedores estão me cobrando todos os
dias e ainda tem os funcionários que preciso pagá-los. Minha padaria
está correndo risco de ir a falência por causa desse dinheiro”, declarou
Taketomi.
A reforma no Estádio Colosso do Tapajós
começou em abril de 2013 e a previsão inicial é de que fosse entregue em
meados de 2014. A obra faraônica do Governo do Pará e que se arrasta há
mais de dois anos, sem prazo para a conclusão, tem como meta aumentar a
capacidade de público do “Barbalhão”, com a implantação de um novo
centro de treinamento para atletas, vestiários, banheiros para o
público, espaço para restaurantes, áreas para lanchonetes, novo sistema
de iluminação, amplo estacionamento e elevador que servirá as pessoas
com necessidades especiais, além de também servir para acesso à tribuna
de honra e cabine de imprensa. Após a conclusão das obras, o estádio
aumentará sua capacidade máxima de 12 mil para 20 mil lugares.
Depois de assinar a Ordem de Serviço
para a conclusão do Estádio Colosso do Tapajós no ano de 2013, o então
Governador em exercício Helenilson Pontes (PPS) estipulou o prazo de 18
meses para a conclusão da obra. Porém, quem passa em frente ao Colosso
do Tapajós constata a presença de alguns operários sem fazer
praticamente nada.
Por: Manoel Cardoso
