terça-feira, 29 de setembro de 2015

A DISPUTA

Não se deve ignorar as cartas que um jogador profissional costuma guardar nas mangas das camisas, porém, parece arriscado o proceder atual de Eduardo Cunha, em dar seguimento a eventual pedido de impeachment toda vez que percebe aumentar o risco da perda de seu mandato por envolvimento na Lava Jato. Ainda que tenha convicção que a PGE atue de forma combinada com o Ministério da Justiça e AGU para incriminá-lo, causa estranheza que tenha resumido sua defesa em uma tática que aposta todas as fichas em um desvio de foco de si para a presidência da República.


Cunha está transformando uma prova de longa distância em uma corrida de cem metros rasos, esta geralmente decidida em detalhes. Certo é que, até aqui, o PMDB tem demonstrado que não mudou nadica de nada em relação ao jeito tradicionalmente escorregadio de se comportar, tanto que já deixou Cunha falando sozinho algumas vezes, principalmente na conturbada sugestão de romper com o governo.