Edivaldo Bernardo lamenta descaso na luta pelo Estado do Tapajós
Edivaldo Bernardo atenta para o dia 11 de dezembro como uma data histórica.
Quatro anos depois da realização do
plebiscito sobre a divisão territorial do Pará, o coordenador do
Instituto Cidadão Pró Estado do Tapajós (ICPET), professor Edivaldo
Bernardo, fez duras críticas aos políticos que se intitulavam a favor da
criação do Estado do Tapajós. Para ele, os políticos da região oeste do
Pará, que chegaram a subir nos palanques e acenaram para os eleitores
durante a campanha a favor do Estado do Tapajós, viraram as costas para o
projeto de emancipação e lhe deixaram sozinho na luta. O plebiscito
sobre a divisão do estado do Pará foi uma consulta pública realizada em
11 de dezembro de 2011 à população paraense referente à divisão
territorial da referida Unidade Federativa em três diferentes
territórios: o próprio Pará e os novos estados Carajás e Tapajós. Embora
a proposta de criação dos dois novos estados no Pará tenha sido negada
pela população, os debates não cessaram por aí. Existem novas propostas
por parte de intelectuais e pela população em geral que envolveriam a
mesma divisão anteriormente proposta e também outras proposições. Uma
delas dividiria o Estado ao meio em duas novas unidades federativas, mas
não existe consenso sobre essa questão. De acordo com o professor
Edivaldo Bernardo, após o plebiscito de 2011, os políticos se
silenciaram e cruzaram os braços para o projeto. Ele afirma que a luta
pela emancipação da região não é um projeto pessoal ou de um grupo, mas o
principal objetivo é a liberdade da população do oeste do Pará. Segundo
o professor Edivaldo, em 2015 a luta pela criação do novo Estado
completa 191 anos de existência, levando em conta a data da promulgação
da primeira Constituição do Brasil, em 1824. Ele acrescenta que foi
naquele ano a primeira menção da criação de uma província na região, que
abrangeria inicialmente os municípios de Parintins (AM), Santarém e
Óbidos. Veja a entrevista na íntegra:
Jornal O Impacto: Professor,
quatro anos depois da realização do plebiscito o Governo do Pará deu
mais atenção para a população que mora onde seria criado o Estado do
Tapajós?
Professor Edivaldo: O
plebiscito foi realizado e, em alguns locais o Não 55 venceu, mas na
nossa região tivemos uma soma expressiva de votos a favor do Sim 77, com
um percentual de mais de 90% de aceitabilidade. Após o plebiscito
tivemos a promessa do Governo do Estado de olhar com mais atenção para
esta região, oferecendo um pouco mais de condições para essa população,
mas ele não fez praticamente nada e estamos vivendo nas mesmas situações
como antes. Temos ausência de recursos e o desenvolvimento está muito
pequeno. Santarém continua se desenvolvendo por si só. O investimento
que o Governo do Estado faz nessa região é pouquíssimo.
Jornal O Impacto: Além da
população local, Santarém recebe pessoas de todas as cidades da região
oeste do Pará, principalmente quando buscam atendimento na área da
saúde. Isso se consolida como descaso do Governo do Pará?
Professor Edivaldo:
Depois do plebiscito, Santarém deu um salto muito grande na questão da
liderança regional. Hoje, podemos considerar que somos realmente a
Capital da região oeste do Pará. Parte dos problemas dos outros
municípios da região é resolvido aqui, como na parte acadêmica com
várias universidades, na parte da saúde com os hospitais públicos, na
parte da educação básica com várias escolas do ensino médio e
fundamental, através do sistema de infraestrutura de transporte, hotéis,
entre outras coisas. Então, Santarém é a referência da região e quando
as pessoas precisam de algum atendimento elas vêm pra cá. Tivemos uma
situação de perceber politicamente a importância que Santarém tem para
essa região. Porém, a cidade não tem estrutura para absorver sozinha a
demanda da região sem a ajuda dos governos Estadual e Federal. Na
questão da saúde os hospitais precisam de mais investimentos e mais
leitos. Santarém atende essa demanda das cidades vizinhas e, aqui na
região alguns municípios são pequenos e, que por isso alguns moradores
vêm pra cá em busca do atendimento que eles não têm no local onde moram.
O problema é que Santarém ainda não tem estrutura para receber a
demanda dessa região. A emancipação ofereceria essas condições de
melhorias não só para a nossa região, mas para todo o Estado. Os
investimentos que hoje, o Governo do Pará faz aqui, ele deixaria de
fazer com a emancipação política. Os repasses seriam dez vezes maiores
do que o estado do Pará pode enviar hoje para Santarém. Por conta do
descaso político do Governo do Pará, a cidade sofre com muitos
problemas.
Jornal O Impacto: Hoje, como está a tramitação do projeto de criação do Estado do Tapajós em Brasília?
Professor Edivaldo: Em
Brasília está tramitando uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC),
mudando a redação do parágrafo que diz que o plebiscito deve ser feito
somente na área interessada em se emancipar. Tem o Projeto de Lei de
Iniciativa Popular (PLIP), que estamos colhendo assinaturas, pedindo,
também, a mudança do parágrafo 3º, no artigo 18. São duas linhas que
estamos trabalhando, porque o sonho não acabou. No plebiscito 94% das
pessoas disseram sim ao Tapajós, embora tenha sido uma decepção por
conta da votação ter ocorrida em todo o Pará. Hoje, reconhecemos que o
grande problema nosso foi ter vindo aliado ao Carajás. Por conta dessa
aliança, onde a área seria toda desmembrada e o Pará iria ficar com um
pequeno território, o povo de lá votou contra a emancipação.
Jornal O Impacto: A Prefeitura
de Santarém e os políticos da região estão dando algum tipo de apoio
para as pessoas que coordenam o projeto de criação do Estado do Tapajós?
Professor Edivaldo:
Atualmente não. A Prefeitura criou apenas a Coordenadoria de Integração
Regional e de Apoio a Criação do Estado do Tapajós e, é onde eu estou
representando, e foi só o que foi feito até agora basicamente. Temos
seis funcionários, o que é insuficiente para fazer um bom trabalho. As
pessoas trabalham praticamente dia e noite e, além de serem
funcionários, essas pessoas também são voluntários, porque o trabalho
não tem hora para encerrar. Eles trabalham até mesmo em fim de semana e
feriado. O Ministério Público está colhendo assinaturas em todo o
território nacional contra a corrupção, mas tudo isso está sendo feito
por pessoas lotadas no órgão. Nós não! Estamos colhendo assinaturas para
o projeto do Estado do Tapajós de forma particular e isso gera custos.
Estamos numa região, onde atualmente, só nós estamos interessados no
projeto de emancipação. Desta forma o nosso trabalho está sendo feito
diferente do Ministério Público e do restante do País. Nessa questão do
Estado do Tapajós parece que os políticos e os empresários jogaram a
toalha e não querem mais participar dessa causa. O apoio que temos dos
políticos é quase 0%. Se nós tivéssemos apoio de todos os prefeitos da
região e de todos os vereadores a luta seria melhor, mas hoje, estou
trabalhando praticamente sozinho.
“11 DE DEZEMBRO” DIA DE LUTA PELA CRIAÇÃO DO ESTADO DO TAPAJÓS: Além
do presidente do ICPET, professor Edivaldo Bernardo, o presidente da
Câmara Municipal de Santarém, vereador Reginaldo Campos (PSB) lembrou
que no dia 11 de dezembro de 2015 vai completar quatro anos que
aconteceu o plebiscito sobre a divisão territorial do Pará. “Com isso,
estamos também fazendo uma menção a esta data, nesta Casa, para que não
esqueçamos que o nosso povo é Estado do Tapajós”, afirma Reginaldo
Campos.
Em 2012, a Câmara de Santarém aprovou
uma lei, posteriormente sancionada pelo Prefeito Alexandre Von (PSDB),
que dá poderes ao Município decretar ponto facultativo nas repartições
públicas municipais, no dia 11 de dezembro, uma vez que essa data
representa uma conquista política à região oeste do Pará, quando o
assunto é a criação do Estado do Tapajós. “Foi no dia 11 de dezembro de
2011, que a região chamou atenção do Brasil com a realização do primeiro
plebiscito da história para a criação de um estado”, declarou.
De acordo com Reginaldo Campos, todos já
sabem que não se conseguiu criar o Estado do Tapajós, embora os
eleitores do oeste do Pará tenham votado maciçamente em favor do novo
Estado, mas a votação foi no Pará inteiro, a capital votou contra e como
a região metropolitana do Estado concentra 2/3 dos eleitores o
resultado final foi 66% contra e 34% a favor, fato que adiou o sonho de
mais de 1.204 milhão eleitores que votaram pela criação do Estado do
Tapajós.
Mas segundo ele, a luta continua. Tanto a
Prefeitura quanto a Câmara Municipal continuam apoiando as ações em
Santarém e em Brasília: em Santarém com a arrecadação de assinaturas ao
Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) e em Brasília por meio de
articulação de bastidores para acelerar a tramitação do Projeto de Lei
de Emenda Constitucional (PEC) que propõe a mudança na redação da
Constituição Federal sobre a criação de novos estados no Brasil.
UNIDADE FEDERATIVA: O
Tapajós é uma proposta de nova Unidade Federativa do Brasil, resultado
do desmembramento do Pará, mais especificamente, das regiões do Baixo
Amazonas e do Sudoeste paraense, abrangendo 27 municípios. A capital
proposta para o Estado é Santarém, que atualmente possui 300 mil
habitantes, segundo o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). A região conta ainda com uma universidade federal, a
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), sediada na cidade de
Santarém. A região proposta é detentora dos índices sociais mais baixos
do País, e caso seja criado o Estado, terá 28 municípios e um PIB
estimado em R$ 19 bilhões de reais.
O Tapajós seria o terceiro maior Estado
brasileiro em área territorial, superado apenas por Amazonas e Mato
Grosso. Em seu território há atualmente 1.300.090 habitantes, cerca de
20% da população do atual estado do Pará. O projeto foi rejeitado nas
urnas no plebiscito que ocorreu no dia 11 de dezembro de 2011, contudo,
mesmo após a derrota, o movimento separatista mantém a pauta ativa.
Por: Manoel Cardoso - O Impacto
Edivaldo Bernardo atenta para o dia 11 de dezembro como uma data histórica.
Quatro anos depois da realização do
plebiscito sobre a divisão territorial do Pará, o coordenador do
Instituto Cidadão Pró Estado do Tapajós (ICPET), professor Edivaldo
Bernardo, fez duras críticas aos políticos que se intitulavam a favor da
criação do Estado do Tapajós. Para ele, os políticos da região oeste do
Pará, que chegaram a subir nos palanques e acenaram para os eleitores
durante a campanha a favor do Estado do Tapajós, viraram as costas para o
projeto de emancipação e lhe deixaram sozinho na luta. O plebiscito
sobre a divisão do estado do Pará foi uma consulta pública realizada em
11 de dezembro de 2011 à população paraense referente à divisão
territorial da referida Unidade Federativa em três diferentes
territórios: o próprio Pará e os novos estados Carajás e Tapajós. Embora
a proposta de criação dos dois novos estados no Pará tenha sido negada
pela população, os debates não cessaram por aí. Existem novas propostas
por parte de intelectuais e pela população em geral que envolveriam a
mesma divisão anteriormente proposta e também outras proposições. Uma
delas dividiria o Estado ao meio em duas novas unidades federativas, mas
não existe consenso sobre essa questão. De acordo com o professor
Edivaldo Bernardo, após o plebiscito de 2011, os políticos se
silenciaram e cruzaram os braços para o projeto. Ele afirma que a luta
pela emancipação da região não é um projeto pessoal ou de um grupo, mas o
principal objetivo é a liberdade da população do oeste do Pará. Segundo
o professor Edivaldo, em 2015 a luta pela criação do novo Estado
completa 191 anos de existência, levando em conta a data da promulgação
da primeira Constituição do Brasil, em 1824. Ele acrescenta que foi
naquele ano a primeira menção da criação de uma província na região, que
abrangeria inicialmente os municípios de Parintins (AM), Santarém e
Óbidos. Veja a entrevista na íntegra:
Jornal O Impacto: Professor,
quatro anos depois da realização do plebiscito o Governo do Pará deu
mais atenção para a população que mora onde seria criado o Estado do
Tapajós?
Professor Edivaldo: O
plebiscito foi realizado e, em alguns locais o Não 55 venceu, mas na
nossa região tivemos uma soma expressiva de votos a favor do Sim 77, com
um percentual de mais de 90% de aceitabilidade. Após o plebiscito
tivemos a promessa do Governo do Estado de olhar com mais atenção para
esta região, oferecendo um pouco mais de condições para essa população,
mas ele não fez praticamente nada e estamos vivendo nas mesmas situações
como antes. Temos ausência de recursos e o desenvolvimento está muito
pequeno. Santarém continua se desenvolvendo por si só. O investimento
que o Governo do Estado faz nessa região é pouquíssimo.
Jornal O Impacto: Além da
população local, Santarém recebe pessoas de todas as cidades da região
oeste do Pará, principalmente quando buscam atendimento na área da
saúde. Isso se consolida como descaso do Governo do Pará?
Professor Edivaldo:
Depois do plebiscito, Santarém deu um salto muito grande na questão da
liderança regional. Hoje, podemos considerar que somos realmente a
Capital da região oeste do Pará. Parte dos problemas dos outros
municípios da região é resolvido aqui, como na parte acadêmica com
várias universidades, na parte da saúde com os hospitais públicos, na
parte da educação básica com várias escolas do ensino médio e
fundamental, através do sistema de infraestrutura de transporte, hotéis,
entre outras coisas. Então, Santarém é a referência da região e quando
as pessoas precisam de algum atendimento elas vêm pra cá. Tivemos uma
situação de perceber politicamente a importância que Santarém tem para
essa região. Porém, a cidade não tem estrutura para absorver sozinha a
demanda da região sem a ajuda dos governos Estadual e Federal. Na
questão da saúde os hospitais precisam de mais investimentos e mais
leitos. Santarém atende essa demanda das cidades vizinhas e, aqui na
região alguns municípios são pequenos e, que por isso alguns moradores
vêm pra cá em busca do atendimento que eles não têm no local onde moram.
O problema é que Santarém ainda não tem estrutura para receber a
demanda dessa região. A emancipação ofereceria essas condições de
melhorias não só para a nossa região, mas para todo o Estado. Os
investimentos que hoje, o Governo do Pará faz aqui, ele deixaria de
fazer com a emancipação política. Os repasses seriam dez vezes maiores
do que o estado do Pará pode enviar hoje para Santarém. Por conta do
descaso político do Governo do Pará, a cidade sofre com muitos
problemas.
Jornal O Impacto: Hoje, como está a tramitação do projeto de criação do Estado do Tapajós em Brasília?
Professor Edivaldo: Em
Brasília está tramitando uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC),
mudando a redação do parágrafo que diz que o plebiscito deve ser feito
somente na área interessada em se emancipar. Tem o Projeto de Lei de
Iniciativa Popular (PLIP), que estamos colhendo assinaturas, pedindo,
também, a mudança do parágrafo 3º, no artigo 18. São duas linhas que
estamos trabalhando, porque o sonho não acabou. No plebiscito 94% das
pessoas disseram sim ao Tapajós, embora tenha sido uma decepção por
conta da votação ter ocorrida em todo o Pará. Hoje, reconhecemos que o
grande problema nosso foi ter vindo aliado ao Carajás. Por conta dessa
aliança, onde a área seria toda desmembrada e o Pará iria ficar com um
pequeno território, o povo de lá votou contra a emancipação.
Jornal O Impacto: A Prefeitura
de Santarém e os políticos da região estão dando algum tipo de apoio
para as pessoas que coordenam o projeto de criação do Estado do Tapajós?
Professor Edivaldo:
Atualmente não. A Prefeitura criou apenas a Coordenadoria de Integração
Regional e de Apoio a Criação do Estado do Tapajós e, é onde eu estou
representando, e foi só o que foi feito até agora basicamente. Temos
seis funcionários, o que é insuficiente para fazer um bom trabalho. As
pessoas trabalham praticamente dia e noite e, além de serem
funcionários, essas pessoas também são voluntários, porque o trabalho
não tem hora para encerrar. Eles trabalham até mesmo em fim de semana e
feriado. O Ministério Público está colhendo assinaturas em todo o
território nacional contra a corrupção, mas tudo isso está sendo feito
por pessoas lotadas no órgão. Nós não! Estamos colhendo assinaturas para
o projeto do Estado do Tapajós de forma particular e isso gera custos.
Estamos numa região, onde atualmente, só nós estamos interessados no
projeto de emancipação. Desta forma o nosso trabalho está sendo feito
diferente do Ministério Público e do restante do País. Nessa questão do
Estado do Tapajós parece que os políticos e os empresários jogaram a
toalha e não querem mais participar dessa causa. O apoio que temos dos
políticos é quase 0%. Se nós tivéssemos apoio de todos os prefeitos da
região e de todos os vereadores a luta seria melhor, mas hoje, estou
trabalhando praticamente sozinho.
“11 DE DEZEMBRO” DIA DE LUTA PELA CRIAÇÃO DO ESTADO DO TAPAJÓS: Além
do presidente do ICPET, professor Edivaldo Bernardo, o presidente da
Câmara Municipal de Santarém, vereador Reginaldo Campos (PSB) lembrou
que no dia 11 de dezembro de 2015 vai completar quatro anos que
aconteceu o plebiscito sobre a divisão territorial do Pará. “Com isso,
estamos também fazendo uma menção a esta data, nesta Casa, para que não
esqueçamos que o nosso povo é Estado do Tapajós”, afirma Reginaldo
Campos.
Em 2012, a Câmara de Santarém aprovou
uma lei, posteriormente sancionada pelo Prefeito Alexandre Von (PSDB),
que dá poderes ao Município decretar ponto facultativo nas repartições
públicas municipais, no dia 11 de dezembro, uma vez que essa data
representa uma conquista política à região oeste do Pará, quando o
assunto é a criação do Estado do Tapajós. “Foi no dia 11 de dezembro de
2011, que a região chamou atenção do Brasil com a realização do primeiro
plebiscito da história para a criação de um estado”, declarou.
De acordo com Reginaldo Campos, todos já
sabem que não se conseguiu criar o Estado do Tapajós, embora os
eleitores do oeste do Pará tenham votado maciçamente em favor do novo
Estado, mas a votação foi no Pará inteiro, a capital votou contra e como
a região metropolitana do Estado concentra 2/3 dos eleitores o
resultado final foi 66% contra e 34% a favor, fato que adiou o sonho de
mais de 1.204 milhão eleitores que votaram pela criação do Estado do
Tapajós.
Mas segundo ele, a luta continua. Tanto a
Prefeitura quanto a Câmara Municipal continuam apoiando as ações em
Santarém e em Brasília: em Santarém com a arrecadação de assinaturas ao
Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) e em Brasília por meio de
articulação de bastidores para acelerar a tramitação do Projeto de Lei
de Emenda Constitucional (PEC) que propõe a mudança na redação da
Constituição Federal sobre a criação de novos estados no Brasil.
UNIDADE FEDERATIVA: O
Tapajós é uma proposta de nova Unidade Federativa do Brasil, resultado
do desmembramento do Pará, mais especificamente, das regiões do Baixo
Amazonas e do Sudoeste paraense, abrangendo 27 municípios. A capital
proposta para o Estado é Santarém, que atualmente possui 300 mil
habitantes, segundo o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). A região conta ainda com uma universidade federal, a
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), sediada na cidade de
Santarém. A região proposta é detentora dos índices sociais mais baixos
do País, e caso seja criado o Estado, terá 28 municípios e um PIB
estimado em R$ 19 bilhões de reais.
O Tapajós seria o terceiro maior Estado
brasileiro em área territorial, superado apenas por Amazonas e Mato
Grosso. Em seu território há atualmente 1.300.090 habitantes, cerca de
20% da população do atual estado do Pará. O projeto foi rejeitado nas
urnas no plebiscito que ocorreu no dia 11 de dezembro de 2011, contudo,
mesmo após a derrota, o movimento separatista mantém a pauta ativa.
Por: Manoel Cardoso - O Impacto