Clube ainda espera posição do atual treinador, mas busca alternativa para não atrasar planejamento para as duas competições restantes: Brasileiro e Copa Sul-Americana

O caso não é simples. Demitido em dezembro do ano passado, Abel Braga fez um acordo com o Al Jazira, dos Emirados Árabes, de não assinar com outra equipe enquanto durar o parcelamento de sua rescisão. Nesse caso, a partir de julho. O Flamengo teria duas opões: aguardar até lá ou entrar em acordo com os árabes.
Abel Braga não gosta de assumir trabalhos em curso. Foi por isso que recusou a proposta feita pelo Atlético-MG quando Diego Aguirre pediu demissão, dias atrás. Além disso, ele tem um acordo verbal com o presidente da Unimed, Celso Barros, para dirigir o Fluminense a partir de 2017 - caso o mandatário da cooperativa de médicos confirme sua candidatura à presidência do Tricolor e vença a eleição de novembro. Abel é um dos trunfos de Celso para vencer o pleito.
A bola da vez, Abel Braga, depende, além da decisão de Muricy Ramalho sobre continuar ou não trabalhando, de um acerto entre Flamengo e o Al Jazira, com o qual o técnico fez acordo de não assinar com outra equipe enquanto durar o parcelamento do valor de sua demissão, que ocorreu em dezembro. E depende também de topar baixar o teto do que recebeu em outros clubes brasileiros, como o Fluminense. Seria algo próximo do acordo entre Cuca e Palmeiras. O técnico recebia cerca de R$ 1 milhão por mês na China, mas concordou com os R$ 400 mil que o clube paulista podia pagar.
Segundo pessoas próximas ao treinador, a questão salarial não seria um entrave para acertar com o Flamengo. Abel aceitaria receber o mesmo salário de Muricy: R$ 400 mil. ( Globo.com)