sexta-feira, 13 de maio de 2016

Paulo Gasolina: “Cobrança da celpa é ilegal e abusiva”

Celpa é prestadora de serviços e não pode vender medidores


Ex-vereador Paulo Gasolina


Em relação à terceirização da Rede Celpa, o ex-Vereador e empresário Paulo Gasolina disse que “a Rede Celpa é prestadora de serviços, então, não pode vender os padrões para os clientes”. Ainda dentro do assunto que trata sobre a cobrança dos novos medidores instalados nas residências, Paulo Gasolina se referiu da seguinte forma: “O máximo que a Rede Celpa pode fazer é colocar no ativo mobilizado da empresa, ou seja, usar um serviço de comodato, como fazem várias empresas, inclusive as que fornecem antenas parabólicas”, disse o ex-Vereador. No caso das antenas parabólicas, o usuário “compra” o serviço; quando não quer mais usar entrega o equipamento. “A mesma coisa deveria ser feita pela empresa Rede Celpa”, citou o político e empresário.
Quando esteve exercendo o cargo de Vereador, na Câmara municipal de Santarém, Paulo Gasolina foi autor de uma sessão extraordinária, onde foram convocadas as empresas terceirizadas que prestam serviço à Rede Celpa. “Na época, eu pedi informações sobre a constituição dessas empresas. A Rede Celpa me apresentou ser uma empresa prestadora de serviços, ou seja, paga menos que 5% de ICMS para o Estado, não 17% como divulgado. Então, como prestadora de serviços, jamais pode vender ao consumidor o aparelho medidor”, ressaltou o empresário.
Ele recorda que na ocasião em que a empresa Rede Celpa foi convocada na Câmara Municipal, “descobrimos que existia outra empresa terceirizada em contrato feito pela própria Rede Celpa, o que é uma prática ilegal”, ressaltou Gasolina, pois não se pode terceirizar contratos.
O então Vereador se afastou da Câmara, e nada foi feito desde então para sequer moralizar o problema. Nos dias de hoje, o problema ainda persiste e se avoluma, para desgraça dos consumidores que são obrigados a pagar taxa de energia elétrica mais cara e ainda ter que “comprar” o equipamento, conforme explicou Paulo Gasolina. “Esse olhão que é instalado nos postes e que antes era pago indevidamente pelos consumidores, deve ser consertado pela própria Rede Celpa que tem que bancar os custos de manutenção desses equipamentos”, citou o político. ”O consumidor deve pagar apenas pelo consumo de energia”, alertou. “Lembro-me que na época em que ainda era Celpa, eu era Vereador em Itaituba e entrei com uma ação porque a empresa bi-tributava, ou seja, cobrava imposto sobre imposto e ainda discriminava essa supertributação”, recordou.
Por essa época, em 1994, a Celpa cobrava no talão de consumo, Pis, Pasep e Confins, na taxa de iluminação pública, somando com o consumo, depois é que tiravam o valor do ICMS. “Uma prática ilegal, imoral, e que eu pude provar que a Celpa não poderia agir dessa maneira”, finalizou o empresário e ex-vereador Paulo Gasolina.
Por: Carlos Cruz/Blog do Colares/Impacto