Jarlene Siqueira foi atingida por um tiro quando passava pelo viaduto
Uma jovem identificada como Jarlene
Aranha Siqueira, foi morta na noite de sábado (29), após ser atingida
por uma bala perdida, durante uma abordagem policial contra outras
pessoas, no viaduto de Santarém.
Conforme Boletim de Ocorrência Policial
número 00168/2016.008668-0, a senhora Jucilea de Sousa
Calderón, moradora da Rua Japu, residencial Salvação, bairro Salvação,
tia de Jarleane Aranha Siqueira, natural de Oriximiná, moradora do
Residencial Salvação foi a vítima fatal. Jarleane estava na moto
(carona) conduzida por Hugo Wanderlan Figueira Mota, de 21 anos, natural
de Santarém, residente a Alameda 18, bairro Jardim Santarém. De acordo
com a relatora, no sábado, às 21hs 40, um policial militar lhe disse
que, havia uma abordagem policial às proximidades do Viaduto, quando foi
observado que uma motocicleta subiu no canteiro da rodovia Fernando
Guilhon, sendo que nesse momento os policiais ouviram disparos de arma
de fogo e observaram duas pessoas fugindo do local. Ainda de acordo com a
tia da vítima, o disparo atingiu Jarleane e pode ter sido feito do
local onde estava a barreira. A vítima foi atingida na costa e o mesmo
projétil pegou a coluna do condutor da moto, Hugo Wanderlan, que foi
socorrido e está internado no Hospital Municipal. O projétil está
alojado perto da coluna de Hugo Wanderlan.
Segundo informações do delegado Jardel
Guimarães, que estava de plantão na noite de sábado, no Hospital
Municipal o condutor da moto disse que havia saído do Residencial
Salvação, conduzindo Jarleane, que pegaria um aparelho celular em um
posto de combustível na BR 163. Porém, Hugo Wanderlan errou o caminho
(dobraria a direita) para atingir a Cuiabá, mas acabou passando direto,
no sentido Magalhães Barata (Rodagem). Ao delegado Jardel, o condutor
disse, também, que quando atravessou o Viaduto a moça que conduzia
gritou: “Para que vou cair”. No final do Viaduto, sentido Rodagem, Hugo
Wanderlan conta que Jarleane caiu da moto e ele também, ambos baleados.
Hugo disse ao Delegado, ainda, que viu passar, antes dos tiros, duas
pessoas em uma motocicleta, seguidas por uma viatura da PM. Na
entrevista, Hugo relatou, também, que uma segunda viatura da PM chegou
ao local em questão de segundos. Hugo afirmou que no sábado à noite
chegou a ser pressionado para mudar a versão.
Jarleane morreu antes de chegar ao
Hospital e Hugo pode ser operado para retirar o projétil. Segundo uma
fonte da Polícia Civil, todas as armas dos militares foram recolhidas e
levadas para perícia no IML. Hugo é sobrinho do servidor da Câmara de
Vereadores de Santarém, Edmundo Figueira, e primo de um soldado do Grupo
Tático Operacional. Jarleane era sobrinha de uma senhora que era casada
com um sargento da Polícia Militar.
Fonte: RG 15\O Impacto