
Ainda que a chuva seja vital para a
produção agrícola, o grande índice pluviométrico registrado em curto
espaço de tempo têm consequências negativas, quando se verifica a
questão de trafegabilidade das vicinais. Em 2017, chamado inverno
amazônico, – período do ano que têm como principais características a
incidência de chuvas e a subida dos níveis dos rios da região -, têm-se
mostrado um dos mais intensos dos últimos anos.
Devido às precárias condições das
estradas, os agricultores estão com dificuldades para escoar a produção.
Visando amenizar esta situação, a Secretaria Municipal de Agricultura e
Pesca (Semap), realiza trabalho emergencial de recuperação da
infraestrutura rural.
De acordo com Bruno Costa, titular da
Semap, faz parte da ação de recuperação das vicinais, o diálogo com os
comunitários, necessário para o diagnóstico da situação.
“Sobre a questão da infraestrutura
rural, estamos realizando inúmeras reuniões com associações,
cooperativa, sindicatos e lideranças comunitárias com objetivo de termos
uma visão da situação. As reuniões estão sendo muito proveitosas,
porque nós, enquanto Secretaria, recebemos todas as demandas e
dificuldades dessas comunidades. Ainda sobre a infraestrutura rural, já
iniciamos alguns levantamentos para estarmos verificando a situação das
estradas tendo em vista o período de inverno e por sinal muito rigoroso.
Mas que nós estamos conseguindo com nossa equipe fazer todo
levantamento para tentar dar um paliativo para fornecer trafegabilidade.
Também estamos recebendo algumas demandas de situações precárias de
estradas que estão sem trafegabilidade nenhuma, e estamos tentando
resolver da melhor forma possível, indo ao local, tentando fazer um
paliativo para que no próximo verão nós possamos fazer um trabalho de
qualidade, mais extensivo, para tentarmos chegar a todas as nossas
comunidades no interior”, informou Bruno Costa.
MICROSISTEMAS: Outra
preocupação dos comunitários é em relação ao abastecimento de água. A
demanda para a reforma e construção de microssistemas tem chegado com
frequência à Semap.
“Também estarmos averiguando as questões
hídricas nas comunidades, como os microssistemas, que através do nosso
setor especifico, estamos fazendo as visitas e medições, e assim que nós
estivermos com recursos disponíveis, executaremos esses projetos”,
explica Bruno, acrescentando que a organização interna da Secretaria
proporcionará a melhoria dos trabalhos. “Um ponto muito importante que a
Secretaria quer executar é a questão técnica onde estamos reforçando
esse setor através da Coordenação de Incentivo à Produção Familiar
(CPROF), a fim de desenvolvermos algumas atividades técnicas que são
pertinentes, podendo alavancar a agricultura em nossa região. Estando
junto à CPROF, direcionaremos idéias de muitos projetos para
implementar, e assim podermos chegar até as comunidades mais distantes,
executando trabalhos que de fato possam fazer com que Santarém se torne
um polo produtor de todas as culturas. Trabalhamos para direcionar
também para outras atividades, como a própria pecuária do nosso pequeno e
grande produtor com atividades que nunca tivemos, mas que há
possibilidades de executarmos. Hoje é uma grande preocupação vermos que
Santarém não possui um banco de dados de nossas culturas. Sabemos que é
de suma importância termos subsídios para os investidores, e assim eles
possam ter um quantitativo de produção de áreas plantadas. Em reuniões
constantes com o técnico, temos cobrado muito, para que possamos ter um
cronograma para chegar a todo lugar, tendo um levantamento pautado, para
ai sim termos futuros investimentos”.
PESCADO: Bruno Costa
acredita que em poucos meses será possível o funcionamento do Centro
Integrado de Pesca Artesanal (Cipar), uma demanda antiga dos pescadores
da região. O local foi inaugurado no ano passado, mas ainda não está em
pleno funcionamento. O Cipar é composto por dois blocos. Um
administrativo e outro operacional. O administrativo é composto por
refeitório, sala de aula, auditório e telecentro. Componentes que
ajudarão na capacitação do pescador. O bloco operacional é composto por
fábrica de gelo, com capacidade de produção para 14 toneladas, área de
classificação do pescado, uma câmara fria, com capacidade para 20
toneladas de armazenamento, uma câmara de espera, com capacidade para
duas toneladas de pescado, e uma área de higienização.
“Nós estamos em processo de
regularização do Cipar junto a Polícia Federal, uma vez que para o
funcionamento da área refrigerada é necessária a aquisição de amônia.
Nós precisamos do transporte e da autorização da Polícia Federal, nós já
demos entrada no processo a fim de viabilizar e a partir daí a
regularização e o pleno funcionamento do Cipar que será muito importante
para a Colônia de Pescadores e para a comunidade como um todo, no que
tange esta questão do pescado em Santarém que irá alavancar de forma
significativa com o funcionamento do Cipar”, diz o Secretário.
Conforme aponta Bruno Costa, a Semap tem
um planejamento bastante amplo, e sua linha de ação não se restringe
apenas a área rural do Município, e cita como exemplo, o importante
trabalho de arborização.
“A Secretaria tem várias frentes de
trabalho, tanto na área urbana como na rural. Na linha de frente da área
urbana, temos a questão de mercados, onde ações referentes ao TAC que
está em andamento na regularização de alguns boxes dos permissionados. Podemos
também citar a questão da arborização, que desde outubro do ano passado
não era realizada, e que, após reforço da equipe e implementação de
outras atividades, estamos conseguindo atender as demandas que são
muitas, principalmente no período de inverno. Podemos ver um crescimento
muito grande na arborização da cidade, mas estamos fazendo um
planejamento em trabalho conjunto com a Seminfra para resolvermos essa
situação, como também podas, roçagens e retiradas de entulhos”, expõem.
Por: Edmundo Baía Júnior
Fonte: RG 15/O Impacto/Blog do Colares