Calheiros,
líder do partido no Senado, criticou a sanção da lei que libera a
terceirização irrestrita e a reforma da Previdência, uma das prioridades
do governo, dizendo que ela “pune trabalhadores”, e chamando o
governo de “errático”.
Na quinta-feira (30), o senador já tinha publicado vídeo em redes sociais criticando a terceirização, entre outras medidas.
As críticas do
senador ao governo, inclusive em redes sociais, levaram Temer a um
rompimento político com Calheiros, segundo nota do Painel, da “Folha de
S.Paulo”, publicada no sábado (1).
TERCEIRIZAÇÃO POLÊMICA
O presidente
Michel Temer (PMDB) sancionou na última sexta-feira (31) o projeto de
lei que regulariza a terceirização em qualquer atividade de uma empresa.
Antes, não existia lei sobre a questão, mas o entendimento da Justiça
era que apenas atividades-meio, aquelas não ligadas ao negócio principal
da empresa, poderiam ser terceirizadas.
Os deputados
basearam-se em um projeto lançado no final da década de 90, no governo
de Fernando Henrique Cardoso. O projeto foi arquivado a pedido de Lula,
no início de seu governo, em 2003.
Antes da
sanção, na terça-feira (28), Renan Calheiros e outros oito senadores do
PMDB tinham assinado nota pedindo que Temer não sancionasse o projeto.
Na quinta-feira
(30), Calheiros voltou a entrar em confronto direto com o Palácio do
Planalto, afirmando que há “insatisfação” na bancada do PMDB no Senado.
“Eu não quero
participar do governo, não quero indicar ninguém no governo, e hoje,
como líder da bancada, diante dessa insatisfação que é generalizada,
mais do que nunca”, disse.
(Com informações de UOL)