quinta-feira, 13 de julho de 2017

Governo do Pará já gastou R$ 288 milhões com propaganda

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Sempre observando que esta não é uma exclusividade do governador Simão Jatene – o que não justifica o desperdício -, mas uma prática nociva ao erário em todo o Brasil, os gastos com propaganda oficial continuam com forte vento na popa no governo do Pará.
gastoMatéria do Diário do Pará publicada no domingo (09) reporta que “nos últimos 6 anos, entre 2011 e 2016, o Governo Jatene torrou pelo menos R$ 288 milhões em propaganda, em valores atualizados pelo ICPA-E do mês passado”.
Em termos orçamentários nada há de errado no desperdício, pois os gastos com a tal propaganda oficial são previstos no orçamento do Estado, mas a despesa, se em termos absolutos já é um absurdo para um Estado com problemas críticos de todo gênero, em termos comparativos extrapola em muitos graus a ética da responsabilidade que nenhum gestor, pelo menos nessa seara, teve até hoje no Brasil.
A reportagem observa que, em 2016, "um dos maiores hospitais do Pará", a Santa Casa, custou ao Estado “pouco mais de R$ 272 milhões, para atender milhares de pacientes, de todo o Estado”, o que foi menos que o estoque acumulado de gasto com propaganda já desovado pelo governo de Simão Jatene.
Ainda estacionada a comparação na área de saúde, reporta a matéria que, em 2016, o governo do Pará despendeu aproximadamente “R$ 48,5 milhões (corrigidos)” em materiais de consumo hospitalar em todas as unidades de saúde do Estado, enquanto que no mesmo período foi pago “às seis agências de publicidade que fazem a propaganda do governo”, mais de R$ 45 milhões.
Para o ano corrente (2017), observa a reportagem, “o orçamento da Secretaria de Comunicação (Secom) chegará a R$ 50 milhões”, enquanto que a despesa prevista para a Companhia de Habitação do Pará (Cohab) é de R$ 22,8 milhões.
Observa a reportagem que nos R$ 288 milhões subtraídos do erário estadual para liquidar despesas com propaganda estão incluídos R$ 30,1 milhões despendidos pelo Banpará, cujo maior acionista é o Governo do Estado, que possui 99,97% das ações.
Afirma a reportagem que os números foram extraídos do “portal da Transparência, dos balanços gerais do Estado, do balancete de dezembro e do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), do ano passado”.