segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Implantação de novo Batalhão precisa de articulação política

A concretização do tão sonhado 35º Batalhão de Polícia Militar, em Santarém, criado por um decreto de 2014, parece esbarrar na falta mobilização e articulação política junto ao governo do estado. Está é a constatação, diante de tanto tempo de luta por parte das lideranças dos bairros, que reivindicam há tanto tempo a efetivação da corporação.
Até mesmo, se trabalha para a diminuição do custo de tal projeto. O aproveitamento de uma área que fica por trás da 5ª Unidade Regional de Ensino (5ª URE), foi definida como o local adequado, pois já possui uma estrutura mínima, sendo necessário apenas algumas adequações e aquisição de equipamentos.
No dia 27 de Julho, representantes da Polícia Militar e lideranças comunitárias do entorno da Santarém Curuá-Una estiveram no local, que atualmente funciona como um alojamento de professores. Segundo Washington Corrêa, diretor interino da 5ª URE, o processo está em andamento na Secretaria de Educação (Seduc) e propõe a delimitação da área, pois a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) possui uma parte dentro do imóvel. “A sociedade realmente necessita da presença mais efetiva da polícia, o imóvel é adaptável e nós possuímos um documento do Conselho Comunitário de Segurança do bairro Maicá, que vai fundamentar o pedido dessa afetação do patrimônio”.
Após essa visita ao prédio, um documento foi encaminhado para Seduc solicitando a liberação para a utilização do imóvel, “que por uma questão legal precisa da assinatura do governador do estado, Simão Jatene”, disse Washington, acrescentando, que o objetivo da 5ª URE é ajudar, “até porque devido a área do imóvel ser muito grande já aconteceram invasões de vândalos e depredações no prédio que foi reformado recentemente. Então, essa implantação do 35º BPM ajudaria muito também nessa questão da segurança”, expos.
De acordo com o planejamento do Comando Regional de Policiamento I (CPR-I) aproximadamente 300 militares devem atuar no 35º Batalhão que atenderá toda a região da Santarém Curuá-Una, Lago Grande, Mojuí dos Campos e Belterra.
Para o comandante do CPR-I, Coronel Tomaso, é necessário que toda a sociedade se una nesta luta, que ajudará em muito a segurança em Santarém. Sobre os encaminhamentos realizados após a visita do dia 27, informa:
“A gente fez uma topografia, uma medição exata da área, para gente encaminhar para Belém. Continuamos conclamando para todos os setores daqui de Santarém, para gente buscar, ir a luta para efetivação do 35º BPM. A população está percebendo, e é notório a necessidade da gente efetivar esse batalhão, até mesmo para poder crescer o efetivo da Polícia Militar em Santarém. O Planejamento está todo pronto, a gente está contando, inclusive, solicitando a vinda do Comandante Geral, para mostrar in loco, que não seria um gasto tão grande montar este batalhão, uma vez que até mesmo o espaço, pensando o máximo de redução de custo, a gente conseguiu, que a área por trás da 5ª URE. Este espaço, poderia servir de uma maneira mais simples para que se efetive o batalhão, com pouco custo, pois na área já existe uma estrutura predial, que precisa apenas de algumas adequações”, explicou Tomaso.
De acordo com Adilson Pereira de Matos, secretário do Conselho Comunitário de Segurança da Grande Área do Maicá (CONSEG), a população conclamar para os políticos, e especial, aqueles que são base aliada do governo Jatene, que procurem se mobilizar, assim como a sociedade está se mobilizando em torno do tema.
“É necessário vontade de todos, em especial da classe política. De irem até o governador Jatene, solicitar que o novo batalhão seja estabelecido de fato, e não permaneça apenas no papel. Essa tem sido a nossa luta nos últimos anos, precisamos urgentemente de apoio”, relata a liderança comunitária.
Ele também faz um alerta, e diz que caso o projeto não se concretize, Santarém perderá uma grande oportunidade de melhoria da segurança pública, e especial à área da região Curuá-Una, que nos últimos anos, até mesmo a região de planalto tem sofrido com a violência.
Por: Edmundo Baía Júnior

Fonte: RG 15/O Impacto