A concretização do tão sonhado 35º
Batalhão de Polícia Militar, em Santarém, criado por um decreto de 2014,
parece esbarrar na falta mobilização e articulação política junto ao
governo do estado. Está é a constatação, diante de tanto tempo de luta
por parte das lideranças dos bairros, que reivindicam há tanto tempo a
efetivação da corporação.
Até mesmo, se trabalha para a diminuição
do custo de tal projeto. O aproveitamento de uma área que fica por trás
da 5ª Unidade Regional de Ensino (5ª URE), foi definida como o local
adequado, pois já possui uma estrutura mínima, sendo necessário apenas
algumas adequações e aquisição de equipamentos.
No dia 27 de Julho, representantes da
Polícia Militar e lideranças comunitárias do entorno da Santarém
Curuá-Una estiveram no local, que atualmente funciona como um alojamento
de professores. Segundo Washington Corrêa, diretor interino da 5ª URE, o
processo está em andamento na Secretaria de Educação (Seduc) e propõe a
delimitação da área, pois a Secretaria Municipal de Meio Ambiente
(Semma) possui uma parte dentro do imóvel. “A sociedade realmente
necessita da presença mais efetiva da polícia, o imóvel é adaptável e
nós possuímos um documento do Conselho Comunitário de Segurança do
bairro Maicá, que vai fundamentar o pedido dessa afetação do
patrimônio”.
Após essa visita ao prédio, um documento
foi encaminhado para Seduc solicitando a liberação para a utilização do
imóvel, “que por uma questão legal precisa da assinatura do governador
do estado, Simão Jatene”, disse Washington, acrescentando, que o
objetivo da 5ª URE é ajudar, “até porque devido a área do imóvel ser
muito grande já aconteceram invasões de vândalos e depredações no prédio
que foi reformado recentemente. Então, essa implantação do 35º BPM
ajudaria muito também nessa questão da segurança”, expos.
De acordo com o planejamento do Comando
Regional de Policiamento I (CPR-I) aproximadamente 300 militares devem
atuar no 35º Batalhão que atenderá toda a região da Santarém Curuá-Una,
Lago Grande, Mojuí dos Campos e Belterra.
Para o comandante do CPR-I, Coronel
Tomaso, é necessário que toda a sociedade se una nesta luta, que ajudará
em muito a segurança em Santarém. Sobre os encaminhamentos realizados
após a visita do dia 27, informa:
“A gente fez uma topografia, uma medição
exata da área, para gente encaminhar para Belém. Continuamos
conclamando para todos os setores daqui de Santarém, para gente buscar,
ir a luta para efetivação do 35º BPM. A população está percebendo, e é
notório a necessidade da gente efetivar esse batalhão, até mesmo para
poder crescer o efetivo da Polícia Militar em Santarém. O Planejamento
está todo pronto, a gente está contando, inclusive, solicitando a vinda
do Comandante Geral, para mostrar in loco, que não seria um gasto tão
grande montar este batalhão, uma vez que até mesmo o espaço, pensando o
máximo de redução de custo, a gente conseguiu, que a área por trás da 5ª
URE. Este espaço, poderia servir de uma maneira mais simples para que
se efetive o batalhão, com pouco custo, pois na área já existe uma
estrutura predial, que precisa apenas de algumas adequações”, explicou
Tomaso.
De acordo com Adilson Pereira de Matos,
secretário do Conselho Comunitário de Segurança da Grande Área do Maicá
(CONSEG), a população conclamar para os políticos, e especial, aqueles
que são base aliada do governo Jatene, que procurem se mobilizar, assim
como a sociedade está se mobilizando em torno do tema.
“É necessário vontade de todos, em
especial da classe política. De irem até o governador Jatene, solicitar
que o novo batalhão seja estabelecido de fato, e não permaneça apenas no
papel. Essa tem sido a nossa luta nos últimos anos, precisamos
urgentemente de apoio”, relata a liderança comunitária.
Ele também faz um alerta, e diz que caso
o projeto não se concretize, Santarém perderá uma grande oportunidade
de melhoria da segurança pública, e especial à área da região Curuá-Una,
que nos últimos anos, até mesmo a região de planalto tem sofrido com a
violência.
Por: Edmundo Baía Júnior
Fonte: RG 15/O Impacto