A operação, chamada “Forte do Castelo”,
mira fraude em licitações e desvios de recursos públicos, em um esquema
que envolvia “pessoas, cujos vínculos profissionais, familiares e
pessoais orbitam em torno de ex-prefeito”, diz a PF.
Costa, que foi senador entre 2003 e 2004,
comandou a capital paraense entre 2005 e 2012. Segundo as
investigações, as pessoas envolvidas no esquema “nunca demonstraram
capacidade financeira, tornaram-se titulares de empresas e passaram a
receber volume significativo de recursos públicos, em contratos diretos
com a prefeitura de Belém ou em subcontratações”.
Segundo a PF, ele foi levado para a superintendência da instituição em Belém.
A força-tarefa aponta ter um “conjunto
robusto e consistente de indícios que aponta para a fraude ao caráter
competitivo e o direcionamento” de licitações, que resultaram na
contratação de empresas do grupo ligado ao ex-prefeito.
“No curso das investigações foi obtido
conjunto probatório suficiente que apontou, além de irregularidades na
contratação das empresas, indícios de enriquecimento ilícito de vários
membros da organização”.
O ex-prefeito é alvo de um dos cinco
mandados de prisão expedidos pela Justiça. Os nomes dos outros alvos não
foram divulgados. Entre as ordens judiciais, também há 14 de busca e
apreensão e quatro de condução coercitiva, mandados que são cumpridos em
Belém, Brasília e São Paulo.
O UOL procura a defesa do ex-prefeito para obter um posicionamento a respeito da operação desta sexta-feira.
O nome da operação, “Forte do Castelo”,
faz referência à construção levantada, no ano de 1616, sob a Baía do
Guajará, quando foi fundada Belém, para conter ataques de saqueadores
que rondavam a região. A baía do Guajará fica entre a capital do Estado e
a cidade de Barcarena.
Fonte: UOL Notícia.