quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Fumaça de incêndios em vegetação provoca surto de pneumonia em Santarém

Um levantamento feito pelo Hospital Municipal de Santarém (HMS) aponta que de 01 de janeiro a 30 de novembro deste ano, 790 pessoas foram internadas na unidade de saúde com problemas respiratórios. Entre as doenças respiratórias, segundo o HMS, de janeiro a novembro de 2017, 106 pessoas morreram em Santarém vítimas de pneumonia.
A pneumonia é uma infecção inflamatória provocada por agentes infecciosos, entre eles vírus e bactérias, que penetram no sistema respiratório, se instalam nos pulmões e atingem também os alvéolos pulmonares. Os sintomas do problema podem ser mais graves em crianças, idosos e pessoas com imunidade baixa. Um dos principais sintomas da pneumonia é a presença de catarro grosso e amarelado.
Por conta do verão amazônico, segundo o Corpo de Bombeiros, o clima seco aliado à baixa umidade do ar deixa em alerta o órgão em relação às ocorrências de incêndios na cidade. Para o Corpo de Bombeiros, com a chegada do verão amazônico, outro alerta é quanto ao período de estiagem na região e a variação de temperatura, que aumenta ainda mais os riscos de incêndio, principalmente nas áreas de vegetação abertas, matas fechadas, de difícil acesso e também em bairros onde a população costuma colocar fogo para limpar o mato alto nos terrenos baldios.
Os Bombeiros alertam para o fato de muitas vezes a população agir de forma irresponsável e acabar provocando incêndios. “Esse ano não pode ser diferente devido ao que o clima está nos mostrando. O clima está seco e, está transformando a vegetação em uma massa própria para os princípios de incêndio. Nós pedimos cautela da população e atenção redobrada”, explica o comandante do 4º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM), tenente coronel Luiz Cláudio Rego.
Para evitar o fogo e as queimadas nas fazendas ou terrenos urbanos, o correto é procurar orientações do Corpo de Bombeiros, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e de outros órgãos ambientais. A alternativa para produtores rurais é fazer os chamados aceiros – uma limpeza em volta da propriedade que evita a propagação das chamas, mas nem todos adotam a medida. A orientação é evitar atear fogo sem orientação para não gerar prejuízos ao meio ambiente.
O tenente coronel Luiz Cláudio ressalta que as queimadas são um crime segundo o Código Ambiental do Município de Santarém, onde expõe que colocar fogo em lixo e em terreno baldio é crime, o autor pode ser multado entre R$ 21,50 a R$ 107,50.
DANOS PROVOCADOS POR FUMAÇA: Na últimas semanas, além do calor e poeira típicos dessa época do ano, os moradores de Santarém enfrentam nuvens de fumaça, principalmente no final do dia, problema que, segundo as autoridades médicas locais, além de prejudicar a saúde das pessoas, causa danos ao meio ambiente.
Além de incomodar, a fumaça causa vários problemas de saúde, principalmente no trato respiratório, como sinusite, rinite, asma, bronquite e em casos mais graves, pneumonia.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, além da irritação nos olhos, tosse, falta de ar e inflamações, aos que são alérgicos a fumaça pode levar à pneumonia.
Já a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) informou que recebeu desde o início deste ano até o momento, mais de 59 denúncias de poluição provocada por fumaça, na zona urbana de Santarém. O órgão garante que tem realizado trabalho de fiscalização para combater esse tipo de crime.
Segundo o chefe de fiscalização da Semma, Vianey Lira, a população não deve queimar o lixo no quintal de suas casas. “A poluição atmosférica traz danos à saúde pública, então a Semma reforçou as orientações para as pessoas, relacionadas o quanto a fumaça pode ser tóxica”, destacou Lira.
Por: Jefferson Miranda

Fonte: RG 15/ O Impacto