Um levantamento feito pelo Hospital
Municipal de Santarém (HMS) aponta que de 01 de janeiro a 30 de novembro
deste ano, 790 pessoas foram internadas na unidade de saúde com
problemas respiratórios. Entre as doenças respiratórias, segundo o HMS,
de janeiro a novembro de 2017, 106 pessoas morreram em Santarém vítimas
de pneumonia.
A pneumonia é uma infecção inflamatória
provocada por agentes infecciosos, entre eles vírus e bactérias, que
penetram no sistema respiratório, se instalam nos pulmões e atingem
também os alvéolos pulmonares. Os sintomas do problema podem ser mais
graves em crianças, idosos e pessoas com imunidade baixa. Um dos
principais sintomas da pneumonia é a presença de catarro grosso e
amarelado.
Por conta do verão amazônico, segundo o
Corpo de Bombeiros, o clima seco aliado à baixa umidade do ar deixa em
alerta o órgão em relação às ocorrências de incêndios na cidade. Para o
Corpo de Bombeiros, com a chegada do verão amazônico, outro alerta é
quanto ao período de estiagem na região e a variação de temperatura, que
aumenta ainda mais os riscos de incêndio, principalmente nas áreas de
vegetação abertas, matas fechadas, de difícil acesso e também em bairros
onde a população costuma colocar fogo para limpar o mato alto nos
terrenos baldios.
Os Bombeiros alertam para o fato de
muitas vezes a população agir de forma irresponsável e acabar provocando
incêndios. “Esse ano não pode ser diferente devido ao que o clima está
nos mostrando. O clima está seco e, está transformando a vegetação em
uma massa própria para os princípios de incêndio. Nós pedimos cautela da
população e atenção redobrada”, explica o comandante do 4º Grupamento
de Bombeiros Militar (GBM), tenente coronel Luiz Cláudio Rego.
Para evitar o fogo e as queimadas nas
fazendas ou terrenos urbanos, o correto é procurar orientações do Corpo
de Bombeiros, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) e de outros órgãos ambientais. A alternativa
para produtores rurais é fazer os chamados aceiros – uma limpeza em
volta da propriedade que evita a propagação das chamas, mas nem todos
adotam a medida. A orientação é evitar atear fogo sem orientação para
não gerar prejuízos ao meio ambiente.
O tenente coronel Luiz Cláudio ressalta
que as queimadas são um crime segundo o Código Ambiental do Município de
Santarém, onde expõe que colocar fogo em lixo e em terreno baldio é
crime, o autor pode ser multado entre R$ 21,50 a R$ 107,50.
DANOS PROVOCADOS POR FUMAÇA:
Na últimas semanas, além do calor e poeira típicos dessa época do ano,
os moradores de Santarém enfrentam nuvens de fumaça, principalmente no
final do dia, problema que, segundo as autoridades médicas locais, além
de prejudicar a saúde das pessoas, causa danos ao meio ambiente.
Além de incomodar, a fumaça causa vários
problemas de saúde, principalmente no trato respiratório, como sinusite,
rinite, asma, bronquite e em casos mais graves, pneumonia.
De acordo com a Secretaria Municipal de
Saúde, além da irritação nos olhos, tosse, falta de ar e inflamações,
aos que são alérgicos a fumaça pode levar à pneumonia.
Já a Secretaria Municipal de Meio
Ambiente (Semma) informou que recebeu desde o início deste ano até o
momento, mais de 59 denúncias de poluição provocada por fumaça, na zona
urbana de Santarém. O órgão garante que tem realizado trabalho de
fiscalização para combater esse tipo de crime.
Segundo o chefe de fiscalização da Semma,
Vianey Lira, a população não deve queimar o lixo no quintal de suas
casas. “A poluição atmosférica traz danos à saúde pública, então a Semma
reforçou as orientações para as pessoas, relacionadas o quanto a fumaça
pode ser tóxica”, destacou Lira.
Por: Jefferson Miranda
Fonte: RG 15/ O Impacto