sexta-feira, 13 de abril de 2018
ALERTA
Os poços cavados na Bacia do Amazonas para evitar que as pessoas bebam
água dos rios contaminados contêm limite que supera em até 70 vezes o
índice recomendado de arsênico, informaram pesquisadores. As amostras
obtidas em 250 lugares do Amazonas na primeira grande análise realizada
nos poços da região também revelaram níveis perigosos de manganês e de
alumínio, declararam os cientistas em uma entrevista coletiva em Viena.
Os níveis de manganês detectados eram até 15 vezes superiores aos
limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e os de
alumínio, até três vezes acima do limite. A presença dos elementos se
deve a causas naturais, e não à poluição industrial. A exposição crônica
ao arsênico está ligada ao câncer de fígado, rim e bexiga, assim como a
doenças cardiovasculares. Também é associada a abortos espontâneos,
pouco peso ao nascer e problemas de desenvolvimento cognitivo em
crianças. O Sistema Aquífero Grande Amazônia é extensão do aquífero
Alter do Chão.