segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Pelo menos 19 réus e 12 acusados na Operação Lava Jato disputam eleição


Ao menos 19 réus em processos ligados à Operação Lava Jato e 12 acusados pelo Ministério Público em desdobramentos da operação são candidatos nas eleições de outubro. Parte deles aparece bem posicionada em pesquisas de intenções de voto.

Além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve a candidatura a presidente barrada pela Justiça Eleitoral, a lista de réus e denunciados inclui seu substituto, o também petista Fernando Haddad, alvo de processo na Justiça Eleitoral de São Paulo, e lideranças do Congresso que tentam renovar seus mandatos, como Edison Lobão (MDB-MA) e Valdir Raupp (MDB-RO). Em Alagoas, por exemplo, são líderes na mais recente pesquisa do Ibope para o Senado RenanCalheiros, apontado pela Procuradoria-Geral como integrante do “quadrilhão” do MDB, e Benedito de Lira, também denunciado como membro de organização criminosa, mas do PP.
 
Também se destacaram em pesquisas recente do Ibope para o Senado o catarinense Raimundo Colombo (PSD), ex-governador que é réu na Justiça Eleitoral, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), candidata em Minas Gerais e duas vezes denunciada na Lava Jato, o paraense Jader Barbalho (MDB), denunciado sob suspeita no caso do “quadrilhão” do MDB, e Ciro Nogueira (PP), denunciado que tenta se reeleger no Piauí.

Para o governo do estado, o eleitor tem como principais opções o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTC), réu acusado de corrupção, lavagem e organização criminosa, e Renan Filho (MDB), herdeiro do clã Calheiros, foco de um inquérito no Superior Tribunal de Justiça derivado da delação da Odebrecht.

Entre presidenciáveis, Geraldo Alckmin (PSDB) foi acusado na semana passada em ação de improbidade pelo Ministério Público de São Paulo, e José Maria Eymael (DC) passou a ser investigado em 2017 na esteira da delação da Odebrecht.

A Folha de SP localizou 63 casos de investigados que são candidatos e outros 15 políticos que tiveram investigações arquivadas e novamente estão concorrendo.

A maior parte dos investigados são congressistas incluídos nas “listas de Janot”, como ficaram conhecidos os inquéritos pedidos pelo então procurador-geral da República em decorrência das delações da Lava Jato