Guimarães repercutiu ainda o caso do jovem Davi Amaral, “que foi agredido covardemente aqui no município, e teve infelizmente a morte encefálica anunciada, ontem [domingo (17/02)] pelo Hospital Municipal”. O parlamentar destacou que “aqui [na Câmara] repudiamos qualquer tipo de violência”. Ele se reportou aos três representantes do Grupo Homossexual de Santarém (GHS) Moisés, Erick e Danilo que estavam assistindo à sessão. “Nossa solidariedade e condolências”.
À ASCOM/CÂMARA, Danilo dos Anjos enfatizou que o movimento tem acompanhado os casos de agressões envolvendo qualquer membro da comunidade homossexual. “No início de janeiro até aqui sete casos por agressão física e verbal em Santarém. A comunidade LGBTQI [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Quinsexuais e Intrasexuais] externa todos os nossos sentimentos à família e a toda a comunidade, e estamos de luta tanto pelo caso quanto de revolta pelo acontecido”.
Questionado sobre a possível motivação do crime contra Davi ter sido homofobia, o representante do GHS/Santarém foi taxativo ao apontar incerteza e cautela, tendo em vista o curso das investigações policiais. “ O inquérito ainda não está fechado, não temos como afirmar [se a motivação foi homofobia]”.
Foi nesse sentido também que o vereador fechou a palavra, na tribuna. Delegado Jardel relatou que esteve com o superintendente regional de Polícia Civil Jamil Casseb e com o delegado Dmitri Teles que preside o inquérito policial, para colher informações sobre o caso. “As investigações estão bastante adiantadas; a autoria está devidamente definida. O que precisamos saber é a motivação do delito”, concluiu o parlamentar que ainda soltou uma frase de efeito para reforçar o respeito à diversidade: “O preconceito afasta, o respeito une”.