segunda-feira, 12 de abril de 2021

Cheia do rio Tapajós inunda orla de Alter do Chão e deixa Defesa Civil de Santarém em Alerta

Coordenador da defesa Civil, Darlison Maia, afirma que os órgãos de segurança da região interagem para verificar a situação das áreas atingidas 

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 Neste fim de semana, as águas do Tapajós inundaram a orla de Alter do Chão


Conhecida mundialmente o ‘Caribe da Amazônia’, a Vila Balneária de Alter do Chão, distante 37 quilômetros de Santarém, no oeste do Pará, passa por dificuldades por conta da enchente do rio Tapajós. Segundo os moradores, neste fim de semana, as águas do Tapajós inundaram a orla da Vila Balneária.

Além da orla, a Ilha do Amor, onde a praia conta com infraestrutura de cabanas a beira da água e serviços de quiosques, se encontra submersa. Já a Praia do Cajueiro também está sob as águas do Tapajós.

De acordo com o boletim diário da Defesa Civil de Santarém, na medição desta segunda-feira, 12 de abril, na régua da Agência Nacional de Águas (ANA), instalada no porto da Companhia Docas do Pará (CDP), o nível do rio Tapajós chegou a 7,50m. Já em 2020, no mesmo período, segundo a Defesa Civil, o nível do Tapajós atingiu 6,60m, enquanto que em 2014 foi registrado 7,66m e 2009 quando foi considerada a maior enchente, o nível do rio chegou a 7,66m.

O coordenador da defesa Civil, Darlison Maia, explicou que o nível do rio neste ano, está 0,16cm abaixo de 2009, bem como 0,16 abaixo de 2014, enquanto que 0,90 cm acima de 2020, ultrapassando a cota de alerta de 7,10m.

“Em relação ao atendimento aos ribeirinhos, estamos monitorando diariamente. Até o momento não existem desabrigados ou desalojados, no Município de Santarém”, ressaltou Maia.

Ele afirma que os órgãos de segurança da região interagem para verificar a situação das áreas atingidas. “Desta forma fazemos monitoramento nas áreas e verificamos a real situação de cada uma”, destacou Maia.

Em Santarém, a Avenida Tapajós, que fica às margens do rio, em alguns perímetros já se encontra com bombas instaladas para sugar as águas, como em frente a Capitania dos Portos, onde as águas já ameaçam penetrar no terreno da instituição.

Segundo a Marinha do Brasil, o nível do Tapajós deve continuar subindo até o mês de junho, quando deve chegar ao fim o período chuvoso (inverno amazônico).

Além de Santarém, todos os municípios do oeste paraense, banhados pelos rios Tapajós e Amazonas estão em estado de alerta. Entre eles, Óbidos, Alenquer, Aveiro e Almeirim. A Defesa Civil Estadual continua monitorando na região a subida dos rios Tapajós e Amazonas, e de seus afluentes, além de ajudar os ribeirinhos, em parceria com as prefeituras.

Em Alenquer, importantes vias do centro da cidade estão inundadas. Todas foram alagadas pelas águas do rio Surubiú. Pontes improvisadas estão sendo instaladas pela Defesa Civil em várias ruas da cidade para facilitar o tráfego de pedestres, assim como serviços estão sendo realizados na orla para auxiliar o escoamento das águas pluviais.

Segundo a Defesa Civil Estadual, já existe um planejamento voltado para este ano que contempla um potencial de ações para atuar numa situação similar a de 2009. A Defesa Civil Estadual reforça que está acompanhando e monitorando todos esses municípios e a princípio a demanda maior foi por madeira para elevação de assoalhos, construção de passarelas para atender as necessidades básicas, afim de não comprometer o direito de ir e vir das pessoas.

Por: Manoel Cardoso 

Fonte: Portal Santarém