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Fazendeiros são acusados de crimes ambientais, no local, com mortes de animais e desmatamentos gigantescos
Extrativistas da área do antigo PDS Santa Clara, localizado no município de Uruará, na área de influência da rodovia Transamazônica (BR-230), oeste do Pará, denunciam a ação descontrolada de dois fazendeiros, com ajuda da ex-administradora do PDS.


Uma denúncia protocolada na sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em Santarém, revela que a ex-administradora do PDS (hoje cancelado), identificada por "Maria de Jesus" entregou a área do assentamento para dois fazendeiros, conhecidos por "Hugo" e "Vanderlei" e, que nas últimas semanas, eles cometeram crimes ambientais, no local, com mortes de animais e desmatamentos gigantescos.


Segundo os extrativistas, os dois homens entraram de forma ilegal na terra, onde derrubaram com tratores e motosserras, uma área de mata nativa de mais de 400 hectares, equivalente a três bairros de Santarém.
Em seguida, de acordo com os extrativistas, os fazendeiros atearam fogo nas árvores derrubadas, para fazer a limpeza do terreno, para depois plantar capim, para a criação de gado.


Por conta deles não terem feito aceiros (faixas) para prevenir a passagem do fogo para a área de vegetação nativa, os moradores reclamam que as chamas se alastraram pela floresta, matando animais silvestres, destruindo espécies florestais protegidas por legislação federal e degradando mananciais.

Os agricultores afirmam que estão sendo prejudicados com essa situação e cobram fiscalização urgente, por parte do Incra, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) e investigação do Ministério Público Federal (MPF).