quinta-feira, 28 de abril de 2022

Falta de médicos em UBS’s acende alerta para problema que pode aumentar demanda em unidades maiores da Rede Pública de Saúde de Santarém.




O tema levado à tribuna, na sessão ordinária desta quarta-feira (27), por Erasmo Maia (UNIÃO), líder do governo, foi Saúde. Ele tratou da situação de unidades de saúde de regiões rurais do município de Planalto e Rios, que estariam sem médicos para atenderem.

Segundo o parlamentar, o Município tem vagas disponíveis, porém têm faltado profissionais para assumi-las. “Estamos iniciando uma crise bastante preocupante pela ausência de médicos. A UBS do Guaraná, do Corta Corda, Santarém-Miri, São Brás e Alter do Chão estão sem médicos”, afirma.

Erasmo contextualizou que os médicos que atendiam nas unidades eram do programa “Mais Médicos”, e agora estão inseridos em outro programa. Para o vereador do União Brasil, o problema se torna mais preocupante devido à possível influência na demanda em unidades maiores do Município como a UPA e o Hospital Municipal.

Atuante, sobretudo, na região de Planalto, Maia informou que, a partir do dia 01 de maio, as comunidades Cipoal e São José, na região da Rodovia Santarém-Cuiabá (BR 163), também ficarão sem médicos. “[A comunidade] Tabocal está sendo atendido por médico que faz atendimento ribeirinho. Isso preocupa porque de uma dezena de unidades, somente uma tem e nem é próprio da unidade”, analisa.

O vereador pontuou que a questão pode ter relação direta com a ida de médicos para programas de residência e ainda com problemas no programa Revalida, além da carga horária. “São comunidades que já têm uma rotina de atendimento, e agora estamos com uma necessidade desse atendimento. Venho chamar a atenção dos governos Municipal e Estadual. A gente sabe que a saúde tem as parcerias; cada ente das unidades da federação tem participação nesse processo”, observou o parlamentar, acrescentando que conversou, recentemente, com a secretária municipal de Saúde Vânia Portela, que o informou do baixo atendimento do exame de ressonância, que teria apenas um ou dois a por mês.

“Mais uma questão que a gente tem que avaliar. Além de ser um exame caro. A gente está constantemente sendo acionado para ações solidárias, mas nosso papel principal é cobrar. A gente tem que cobrar, mas precisa perceber que o orçamento público é limitado”, ressaltou o vereador, que afirmou ainda que o recurso destinado à Saúde de Santarém é defasado a ponto de o Município entrar com 15% além do que deveria pelo pacto. “Fica aqui o alerta para que se busque um entendimento”, conclui.

Jornalista da Ascom da Câmara Municipal de Santarém
Divulgação - BLOG DO COLARES