A iniciativa foi desenvolvida pela Semma, em parceria com as lideranças do bairro e com a Ulbra.
Fazendo parte da programação do aniversário de 362 anos de Santarém, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), realizou o 1º Workshop de Compostagem Orgânica. A iniciativa, idealizada pelos moradores do Residencial Salvação, e realizada em parceria com os acadêmicos de Direito do Centro Universitário Luterano de Santarém (Ceuls/Ulbra), levou capacitação e a oportunidade de aprendizagem de técnicas necessárias para a produção de adubos, preparação do espaço, do solo, tipos de compostagem e a importância dessa técnica para o dia a dia.
A compostagem, conhecida como o processo de reciclagem do lixo orgânico, transforma a matéria orgânica encontrada no lixo em adubo natural, que pode ser usado na agricultura, em jardins e plantas, substituindo o uso de produtos químicos.
Os materiais produzidos em oficina e o conhecimento adquirido pelos moradores serão aplicados em hortas comunitárias, nas associações e escolas dos bairros.
"Os moradores aprenderam realmente a fazer a compostagem no seu próprio quintal. Agora, eles mesmos vão produzir o próprio adubo, reaproveitando aquilo que ele acha que é lixo: cascas de verduras, banana, batata, cascas de ovos, a grama que era cortada e jogada nos terrenos baldios, tudo aquilo que eles achavam que era lixo. Então, pra nós, do Residencial Salvação, isso foi muito importante, porque além de preservar o meio ambiente, ainda vamos produzir nosso próprio adubo, geralmente emprego e renda. Temos a agradecer a Prefeitura, a Semma, a Ulbra e a todos os envolvidos nessa oportunidade", destacou Valquíria Santos, presidente da Associação Comunitária do Residencial Salvação.
A preocupação com a questão do descarte correto de resíduos é responsabilidade de todo cidadão, que além de fiscalizar e cobrar o poder público, pode contribuir com pequenas atitudes sustentáveis no dia a dia. Entre as ações que podem ser realizadas pela população está a compostagem.
O curso foi ministrado por Francileno Rego, biólogo da Semma, que destacou a necessidade desse aprendizado para as famílias do bairro, em especial aquelas que vivem em situação de vulnerabilidade social.
O adubo produzido a partir dos insumos que seriam descartados servem para o adubo de plantas ornamentais, paisagísticas, medicinais, hortaliças e outras espécies, podendo gerar emprego e renda.
"A ideia foi mostrar que dentro das residências nós temos a possibilidade de reaproveitamento de resíduos orgânicos, materiais de fácil acesso, que podem ser utilizados nesse processo de reciclagem. Nós estamos falando de uma área que tem mais de 3 mil unidades habitacionais, de 15 a 20 mil moradores. As fontes de renda são as mais diversas possíveis e nós sabemos que temos um problema de segurança alimentar que pode ser amenizado com a produção de hortaliças, principalmente. Isso daí acaba agregando não apenas no processo ambiental, mas no ponto de vista social, econômico, então é um conjunto de elementos que estão sendo vislumbrados com um processo que inicia. Existe um potencial muito grande e nosso objetivo é expandir essa ideia para outros bairros”, destacou.
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