O projeto de telessaúde, executado pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), atuou em 2023 levando atendimento remoto em saúde para comunidades indígenas e ribeirinhas da região amazônica. Foram 629 teleconsultas nas especialidades médica, psicológica e de enfermagem, atendendo pessoas de 30 comunidades em 18 municípios do estado do Amazonas.
A iniciativa também promoveu cursos de educação continuada para 58 profissionais de saúde, além de oferecer a formação em Primeira Infância Ribeirinha para 15 agentes comunitários de saúde (ACS).
Os atendimentos e capacitações são realizados graças aos 31 pontos de conectividade operados pela FAS em pontos estratégicos dentro das Unidades de Conservação (UCs), com acesso à internet para as consultas on-line.
Segundo a gerente do Programa Saúde na Floresta da FAS, Mickela Souza Costa, o grande marco do telessaúde em 2023 foi a vinculação às secretarias municipais de saúde de Iranduba, Manicoré, Carauari e Eirunepé, possibilitando uma integração do projeto ao Sistema Único de Saúde (SUS).
“As secretarias municipais passaram a disponibilizar médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem para fazerem uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) do Telessaúde, para a realização de teleconsultas dentro das Unidades de Conservação (UCs)”, explica a gerente.
Para Mickela, a integração fortalece o programa e amplia os benefícios para a saúde e qualidade das comunidades remotas, além de qualificar os atendimentos na rede pública de saúde como um todo.
"O trabalho desenvolvido pela FAS, por meio do Programa Saúde na Floresta, visa apoiar as populações do campo, das águas e da floresta a terem acesso facilitado à Atenção Básica à Saúde. Em 2023, a implementação das ações girou em torno de teleconsultorias para os profissionais de saúde, apoiando o protagonismo das Secretarias Municipais de Saúde frente aos atendimentos clínicos telemediados e levando cuidados de saúde para os comunitários da Amazônia. Com o novo direcionamento estratégico, trouxe também o protagonismo dos comunitários e sua interface mais direta com as Secretarias na efetivação do serviço de forma telemediada", avalia Mickela.
A moradora da comunidade Nossa Senhora de Fátima, no Lago do Acajatuba, no município de Iranduba, conseguiu manter as consultas de rotina em dia em meio à estiagem por meio do telessaúde.
“Fui consultada pelo telessaúde e foi uma experiência boa. Com a seca, estamos precisando muito porque não temos como nos locomover de onde a gente vive porque está tudo muito seco. Então o projeto foi muito bom para a nossa comunidade. Nós que somos hipertensos precisamos todo mês ir para a consulta médica, e com o telessaúde a gente consegue porque eles vêm até nós”, relatou a paciente.
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Emanuelle Araujo Melo de Campos