terça-feira, 29 de julho de 2025

Voa Brasil tem baixa adesão e vende apenas 1,5% das passagens ofertadas

 

O objetivo do programa é estimular a inclusão no mercado doméstico de pessoas que não costumam viajar de avião com passagens de até R$ 200. A ideia é utilizar assentos ociosos em voos com baixa ocupação para vender a preços mais baratos.

Estão elegíveis aposentados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses. Não há restrição de renda.

Segundo o ministério, os três destinos mais procurados pelos aposentados foram:

  • São Paulo (SP) – 12.771 emissões;
  • Rio de Janeiro (RJ) – 3.673; e
  • Recife (RJ) – 3.509.

Os dados foram compilados até a última quinta-feira (24) e abrangem todo o primeiro ano do programa.

Outros destinos visitados pelos beneficiários do programa foram Fortaleza (CE), Salvador (BA), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Belo Horizonte (MG) e Natal (RN).

Em relação às regiões do país, Sudeste e Nordeste concentram a maior parte das reservas efetuadas, com 43% e 40% respectivamente. Ao todo, os aposentados usaram 510 trechos diferentes.

Os mais movimentados foram entre a capital paulista e as capitais nordestinas, como Recife, Salvador, Maceió, Fortaleza e João Pessoa.

Há também trechos de longa distância, como Porto Alegre/Recife ou São Paulo/Fernando de Noronha, e trechos curtos, como a Ponte Aérea Rio/São Paulo ou dentro do mesmo estado, como Salvador/Porto Seguro.

O lançamento do Voa Brasil

O Voa Brasil foi anunciado em março de 2023 pelo então ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB). Mas o político deixou a pasta sem lançar o programa.

Seu substituto na pasta, o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos), assumiu o ministério em setembro do mesmo ano e, três meses depois, disse que a iniciativa só sairia do papel em 2024.

O programa não gera gastos para o orçamento federal. O Executivo costurou com as companhias áreas um acordo para que ofereçam os bilhetes a esse preço para quem não viajou nos últimos 12 meses. O argumento do governo é que essas pessoas vão ocupar vagas ociosas nos aviões.

Fonte: G1