
O Município de Santarém garantiu, na última semana, a participação, em 2026, naquele que é considerado o maior laboratório de políticas públicas alimentares do mundo, o Laboratório Urbano de Políticas Públicas Alimentares (LUPPA). A plataforma colaborativa, é promovida pelo Instituto ‘Comida do Amanhã’, em parceria com o ICLEI América do Sul, idealizado como ferramenta que apoia cidades brasileiras a alcançarem sistemas alimentares saudáveis para as pessoas e o planeta, resilientes às vulnerabilidades climáticas e econômicas, promovendo a justiça social, a partir da construção democrática de políticas integradas e coerentes, que tratem de forma sistêmica os desafios alimentares urbanos.
Santarém integra a representação de Cidades da Amazônia Legal desde a 1ª edição do LUPPA, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), onde são desenvolvidas as políticas públicas alimentares no combate à insegurança alimentar e nutricional, a troca de saberes por intermédio do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, tendo com base no que Santarém já faz e pode ampliar, ao colher abordagens inovadoras com outras cidades para o avanço das políticas e programas que promovam a Segurança Alimentar e Nutricional, com foco na melhoria da qualidade de vida da população.

Vanda Maia, coordenadora do Núcleo Técnico de Alimentação Escolar (NAE) da Semed, afirma que os pontos-chave para o desenvolvimento das atividades serão representados pela Semed como equipe técnica com a perspectiva de enfrentamentos aos desafios atuais dos sistemas alimentares no contexto amazônico, por meio do diálogo e o compartilhamento de experiências, na participação de Seminários e Oficinas, de forma remota.
“Estamos felizes com a permanência do município de Santarém no maior Laboratório de Políticas Públicas para troca de experiências, objetivando fortalecer a política de Segurança Alimentar e Nutricional com práticas exitosas ligadas ao PNAE, sempre buscando no formato de execução de outras cidades, o aprimoramento da política alimentar visando o alcance de melhores resultados”, frisou.
Sobre o LUPPA
Um dos grandes desafios para as cidades, especialmente as mais urbanizadas, é garantir sistemas alimentares sustentáveis e uma dieta saudável a todos os seus habitantes. A população demanda cada vez mais que as cidades facilitem o acesso à alimentação saudável e a comunidade internacional convoca-as a tomarem posições fortes no combate às mudanças climáticas.
O LUPPA foi criado para valorizar iniciativas que tratem de forma sistêmica os desafios alimentares urbanos; disseminar informação relevante; e fortalecer o processo democrático de construção e implementação de políticas públicas, com o objetivo de ampliar o número de municípios que elaboram políticas estratégicas e plurianuais para a alimentação, atendendo à necessidade de expandir as fontes de dados e informações sobre os sistemas alimentares locais, quanto às estratégias para a garantia do direito humano à alimentação e nutrição adequadas.
As atividades do LUPPA são desenvolvidas em ciclos anuais. Cada edição se inicia com a seleção das cidades novas, através de uma chamada para cidades de até 1,5 milhão de habitantes. Após a seleção, são convidados a também participarem do programa os representantes da sociedade civil do conselho de controle social de cada cidade selecionada, preferencialmente o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, se houver. Realizam-se então entrevistas e diagnósticos das cidades selecionadas, que, juntamente com as cidades das edições anteriores que tiverem renovado seu compromisso, são convidadas a participar de uma jornada de encontros (oficinas) que vão garantir a troca de experiências entre as cidades.
Também são oferecidos seminários pelos parceiros de conteúdo do LUPPA, e uma vez a cada edição, é realizado o LUPPA LAB, um encontro imersivo em que todas as cidades participantes mergulham numa jornada de aprendizado e troca de experiências intensa entre si. Após o LAB, inicia-se a fase das mentorias, pela qual ocorrem oficinas exclusivas, que estreitam uma cooperação técnica entre cada cidade mentora do LUPPA e duas a três cidades selecionadas. Paralelamente, seguem em curso, a cada dois meses, as oficinas de acompanhamento dedicadas ao grupo completo da comunidade LUPPA. Durante todo esse ‘percurso’, as cidades participantes são convidadas a aderirem a compromissos internacionais por sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis e, assim, assumirem um protagonismo nessa agenda que é global.
Por: Tracy Costa/Ascom-Semed
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