Vereadoras Bárbara Matos, Alba Leal, Ivanira Figueira e Elita Beltrão realizam ato pelo fim da violência contra as mulheres; “Nos queremos vivas e sem medo”.

A  Câmara Municipal de Santarém acompanhou um pronunciamento conjunto marcante e histórico das vereadoras Bárbara Matos, Elita Beltrão, Ivanira Figueira e Alba Leal, que utilizaram a tribuna para reforçar o compromisso do Parlamento no enfrentamento à violência contra mulheres, meninas e crianças. A iniciativa partiu da vereadora Bárbara Matos, que convidou as demais parlamentares para unirem suas vozes em uma manifestação coletiva.

Em sua fala, Bárbara destacou a importância da recém-sancionada Lei 15.280/2025, publicada no dia 8 de dezembro, que aumenta para até 40 anos a pena máxima para crimes de estupro de vulneráveis. A vereadora classificou a mudança como “uma resposta firme, necessária e urgente diante da barbárie que ainda assola o país”.

Ela relembrou o caso que chocou toda a região [o estupro e assassinato de uma criança de dois anos em São Félix do Xingu] como símbolo da urgência no fortalecimento dos mecanismos de proteção. “Essa lei envia um recado claro de que o Brasil não tolera a violência sexual contra vulneráveis, e que quem comete tais crimes deve receber punição proporcional”, declarou.

As quatro parlamentares também chamaram atenção para o aumento de casos de feminicídio e violência contra mulheres que têm repercutido no Brasil nas últimas semanas, destacando que os números mostram a necessidade de ações firmes, contínuas e integradas.

As vereadoras reforçaram que o enfrentamento à violência exige mais que penas severas. É preciso fortalecer a rede de proteção, ampliar ações de prevenção, garantir acompanhamento social, educar famílias e assegurar que políticas públicas sejam efetivamente implementadas.

 Ao final do discurso, as quatro vereadoras realizaram um ato simbólico e poderoso: levantaram cartazes com frases de enfrentamento ao feminicídio, como “Nenhuma a menos”, “Homens, parem de nos matar”, “Nos queremos vivas e sem medo” e “Mulheres vivas”. O gesto emocionou parlamentares e o público presente, reforçando a união das representantes femininas da Casa diante da gravidade da pauta.