quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

COELCE Vai Implantar Hidrelétrica Beneficiando 79 Comunidades.


O Vice-governador do Pará, Odair Corrêa, recebeu uma síntese para Implantação de uma Pequena Central Hidrelétrica – ( PCH ) na região Oeste do Pará. Uma autêntica revolução na área de energia elétrica a baixo custo que vai beneficiar cerca de 10.000 famílias. Um trabalho que está sendo elaborado pelo vice-governador, no sentido de proporcionar melhor qualidade de vida para todas as pessoas que ainda não possuem energia e possam desfrutar dos avanços da tecnologia. Segue abaixo proposta que está sendo encaminhada ao Secretário de Estado Dr. André Farias, para estudo e execução do projeto.
Localização da proposta

O local está situado na comunidade Cachoeira do Aruã, onde existe uma queda natural e o projeto utilizará cerca 28% da vazão na época mais seca, mantendo o fluxo natural de água na calha principal do rio, sem interferir na beleza cênica.
Desde a década de noventa o governo brasileiro vem se preocupando com a insuficiência energética do país. O atendimento de energia nas áreas rurais tem se tornado cada vez mais difícil devido as grandes extensões de redes e também pelas peculiaridades ambientais (lagos, rios, florestas, topografia irregular, falta de estradas, etc.) Com a criação da Lei nº 10.438/2002 que dispõe sobre a Universalização do Serviço de Energia Elétrica deu origem a inúmeros programas do governo como por exemplo o “Programa Luz para Todos”. Porém, devido a estas dificuldades, áreas como a RESEX, embora ter prioridade de atendimento, ainda não foram atendidas.
A construção da PCH do Aruã, visa contornar estas dificuldades para solucionar este problema social, levando energia limpa e renovável a uma parcela da população carente deste bem essencial à qualidade de vida e desenvolvimento.

Características da proposta

A INDALMA, empresa criada pelos irmãos Almada em 2000 na cidade de Santarém – PA se especializou no desenvolvimento de projetos de geração de energia, ao longo dos anos, desenvolveu e aperfeiçoou uma turbina com rendimento superior as turbinas convencionais, além disto, consegue manter suas características em diferentes vazões e alturas de queda.
Já projetou e construiu dezenas de micros centrais hidrelétricas, levando energia a milhares de consumidores, dando-lhes uma nova perspectiva de vida.
Seus projetos foram visitados e elogiados pelo Ministério de Minas e Energia, sendo apontado como uma excelente alternativa para geração de energia na Amazônia. Além disto, a turbina INDALMA já foi testada e aprovada pelo Centro de Referência Nacional em Pequenas Centrais Hidrelétricas – CERPCH.
A PCH pretendida no Rio Aruã é um projeto arrojado e inovador que busca atender aproximadamente 79 comunidades beneficiando 10.000 famílias, residentes na RESEX – Tapajós Arapiuns e comunidades mais próximas. A capacidade inicial de geração será de 3 Megawats (MW), o suficiente para atender cerca de 10.000 famílias em áreas rurais, podendo ser repotencializada futuramente em mais 33%, chegando a 4 Megawats. O previsto será do tipo crista livre, ou seja, não haverá controle da vazão do rio e nem a formação de reservatório de água. Será construído um pequeno muro para elevação do nível da água em apenas 2 metros na entrada da tomada de água.
O canal de adução será um conduto forçado construído em chapa de aço naval margeando o rio no percurso de aproximadamente 300 metros sem a necessidade de realizar escavações mantendo as características naturais. A casa de máquina utilizará três conjuntos de geração. Cada conjunto é composto de duas turbinas, um multiplicador de rpm e um gerador. O sistema será automatizado, sendo possível o controle a distância dos equipamentos.
A energia será elevada na subestação para 34,5 kv. Uma rede trifásica com aproximadamente 130 km e ramais monofásicos (RT) com aproximadamente 220 km levará até as comunidades, onde existe uma queda natural e o projeto utilizará cerca 28% da vazão na época mais seca, mantendo o fluxo natural de água na calha principal do rio, sem interferir na beleza cênica.

Vantagens
· Impacto ambiental praticamente nulo.
· Atendimento com geração e distribuição em torno de R$ 6.000,00 por família.
· Melhoria da qualidade de vida de 79 comunidades beneficiando 10.000 famílias.
· Possibilidade de crescimento econômico e desenvolvimento social.
· Tecnologia absolutamente Paraense, o que facilita as atividades de manutenção e acompanhamento de desempenho;
· Utilização de turbina hidráulica com inovação tecnológica, genuinamente nacional;
· Simplicidade e robustez da turbina que reduz custo de operação e manutenção;
· Abundância da fonte primária (água); Geração para atender com energia firme por 24 horas;
· Geração de emprego na construção e operação;
· Possibilidade de geração de emprego e renda com a disponibilidade de energia;

Custos
A despesa decorrente da proposta não está prevista na lei orçamentária anual, mas, há alternativas para a proposta, que é a solicitação de abertura de crédito extraordinário, especial ou suplementar para financiamento a longo prazo no valor de R$30.000.000,00 ( trinta milhões de reais), por meio da Companhia Energética do Ceará – COELCE. Valor este, já sinalizado como garantido pela companhia para implementação do projeto.
É unânime a aprovação e apoio dos moradores na execução deste projeto, porque há 200 anos, esses ribeirinhos sofrem com a falta de energia elétrica na região, e será um marco histórico na vida destes comunitários.

O projeto trará benefícios, principalmente pela criação de 500 novos empregos diretos e 1.500.00 emprego indireto na sua construção e na sua implantação a perspectivas é de geração de negócios na região. E gerar energia a 10.000 famílias de uma Unidade de Conservação é um projeto pioneiro e de importância fundamental ao país. Servirá como modelo em outras iniciativas governamentais e será um exemplo a ser seguido ao longo do tempo por novos líderes políticos.

Assessoria de Comunicação da Vice-governadoria.