sexta-feira, 15 de maio de 2009

REMO E PAISSANDU, GRANDES ATÉ QUANDO?


Por: José Wilson - Jornal "O Impacto"
Desde criança sempre gostei de futebol. Quando morava em Santarém promovia, junto com meus colegas, disputadíssimos campeonatos de celotex (futebol de botão), meu pai era assinante da Manchete Esportiva, sempre escutei futebol pelas rádios do Rio de Janeiro e São Paulo (raramente a Marajoara e a Clube chegavam na Pérola do Tapajós) e fui um peladeiro razoável nas praias tapajônicas. Por isso, creio que tenho conhecimento suficiente para falar do assunto.
Longe se vão os tempos em que os dois times grandes da capital paraense disputavam o campeonato com aquelas “galinhas mortas”, os times pequenos, dos bairros da cidade: Armazenador, Liberato de Castro, Combatentes, Avante e outros.
Sendo os dois clubes considerados grandes de melhor condição financeira, mandavam buscar bons reforços (a bem da verdade, muita sucata, também) do sul do país e ganhavam os campeonatos ditos “paraenses”, que, em realidade eram campeonatos belemenses.
A Tuna, sempre fechada, foi definhando e hoje apeque-nou-se cada vez mais, em termos futebolísticos, pois se nunca teve torcida agora menos tem, ainda.
O melhor a fazer é dedicar-se aos esportes olímpicos e viver de saudade dos tempos do Macaco, Índio, Cacetão e outros craques.
Vejo o sucesso do São Raimundo e do Águia, de uma maneira bem diferente, realista e desapaixonada.
Aliás, o pantera mocorongo é detentor de uma grande tradição no futebol da Amazônia e tem experiência em ganhar títulos, juntamente com o São Francisco.
Ao mesmo tempo em que os dois considerados grandes da capital ameaçam perder ou pelo menos ter seus reinados ameaçados pelas potências futebolísticas do interior, vejo que os times santarenos e marabaenses, são um símbolo.
Eles simbolizam o progresso do Pará, como um todo, quer queiramos ou não. Longe já vão os tempos em que Belém era uma ilha isolada e cercada de cidades minúsculas e desimportantes.
Hoje o Pará cresceu. E a subida dos times interioranos é um sintoma e uma amostra bem clara disso. Podem crer.
O progresso e o dinheiro vão chegando aos poucos e isso se reflete, também, nos campos de futebol.
Remistas e bicolores que se cuidem, que vem chumbo grosso por aí.

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