Hoje, a partir das cinco horas da manhã, quando o treinador Valter Lima desembarcar em Belém, estará consumado mais um capítulo de um sonho. Dirigir um clube dos moldes do Paysandu estava no planejamento de Valtinho, apelido que ganhou devido ao seu estilo calmo, ponderado, estrategista, além de estudioso.Credenciais que, por sinal, inverteram uma lógica, há muito vista no futebol paraense: a de apostar em profissionais de outros centros. Em contato com o Bola, Valter usou expressões como “alavancar a carreira” e se mostrou agradecido com a oportunidade. “Acho que esse é o momento. Tanto que todos da minha família me incentivaram”, disse. Até o episódio da sua ida ao Papão mostra a maneira de ação do novo comandante bicolor. Enquanto não havia conversado com os cartolas do São Raimundo, ele não tinha dado como consumada a sua transferência. De um talento reconhecido, Valtinho assegura que está mais credenciado a atingir o sucesso em termos nacionais. Por ironia do destino, entretanto, o primeiro adversário é o paraense Águia de Marabá, domingo. Para tanto, ele usará a experiência adquirida no próprio São Raimundo e no arquirrival alviazul, o Remo. “É uma honra muito grande trabalhar na Curuzu. A melhor proposta que tem é de trabalhar no Paysandu, um time de glória e de tradição”, falou. “O Paysandu é um grande clube, um grande plantel“, classificou. E, pelo visto, ele contará com o apoio irrestrito por parte da diretoria do Papão, que quer um trabalho em longo prazo. “O Valter Lima não é um achado. É um projeto. Ele não é um curioso do futebol. Ele fez um excelente trabalho no Ananindeua e São Raimundo. Vamos ser campeões brasileiros e ele será o técnico do Paysandu no Parazão do ano que vem. É uma nova era“, comentou o presidente Luiz Omar Pinheiro, que descartou as contratações de comandantes como Paulo Comelli, oferecido para o clube. “Com o ânimo voltando, ninguém segura o Paysandu” avisou o dirigente. (Diário do Pará)
