quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Demissões e cortes nos serviços do Hospital Regional - RESPOSTA, só dia 27

Ficou para o próximo dia 27 de outubro (uma terça-feira), as respostas, que deverão ser concretas sobre demissões e cortes nos serviços do Hospital Regional, com a presença da secretária de Saúde do Estado Silvia Cumaru, em mais uma sessão especial na Câmara de Santarém, uma vez que o representante da Sespa Leoni Rocha e o diretor geral do Hospital Regional, Jéferson Machado Pereira; não deram esclarecimentos convincentes na sessão especial desta quarta-feira, 14, que discutiu a crise por qual passa a unidade hospitalar.

A sessão especial que contou com a presença dos vereadores de Santarém, Belterra, Oriximiná e Alenquer, do prefeito de Trairão Danilo Miranda, deputado estadual Alexandre Von, representante do Sindicato dos Médicos Rodrigo Rodrigues; presidente do Conselho Municipal de Saúde, Antonio Valdir de Oliveira Lima; representantes da Secretaria municipal de Saúde Emanuel Silva e Dr. Sinubu. Nas galerias médicos do Hospital Regional e lideranças comunitárias, foi convocada pela Câmara, depois do episódio da quarta-feira passada, 7, quando os 14 vereadores santarenos foram até ao Hospital para tomar conhecimento das denúncias feitas pelo deputado Alexandre Von na Assembléia Legislativa, de que estava havendo demissões e cortes de serviços no Hospital, fato relatado em plenário pelo vereador Erasmo Maia e ao chegaram na unidade hospitalar o diretor se negou a receber os parlamentares e a Imprensa, alegando que não tinha ordem da Secretaria de Estado de Saúde para tal.
O vereador Nélio Aguiar (PMN), que abriu a série de pronunciamentos, foi contundente ao exigir da empresa Pró-Saúde, gestora do Hospital Regional que não feche a UTI Neonatal, que não ocorram às demissões em massa e que os serviços não sejam suspensos de maneira alguma. Pediu a toda a região que se dê às mãos, para que o Hospital possa continuar prestando todos os atendimentos de média e alta complexidade e possa continuar avançando, na implantação de outros serviços que até hoje não foram implantados.
Vereadores de Santarém e da região bem como o prefeito de Trairão, Danilo Miranda e o deputado Alexandre Von, foram enfático em cobrar do diretor do Hospital Jéferson Machado Pereira e do representante da Sespa, o que de fato estava acontecendo para a demissão de funcionários e corte nos serviços. Pediram que “fosse aberta a caixa preta”, o que não aconteceu.
O vereador Valdir Matias Júnior (PV), sugeriu a Pró-Saúde que se esta não tinha condições de gerir a unidade hospitalar que entregasse a gestão. A vereadora Marcela Tolentino disse ter certeza que os serviços foram diminuídos porque houve corte de recurso financeiro, mas que estava faltando esclarecer o porquê do corte.
O deputado Alexandre Von, com base em termo aditivo ao contrato de gestão 001/2008, que prorroga a vigência do contrato firmado entre a Sespa e a Pró-Saúde, de 07 de maio de 2009 a 07 de maio de 2010, no valor reajustado de R$ 65.808.000,00, o que significa uma média de 5,5 milhões por mês, disse que a organização gestora do Hospital Regional, tem a obrigação e o dever moral, de dar conhecimento público imediatamente, das verdadeiras razões de estar procedendo no esvaziamento e encolhimento dos serviços médico-hospitalares.
Von mostrou na Tribuna, documentos, segundo ele com assinaturas falsificadas de médicos, por uma enfermeira de nome Cleuza Moreira, que assegurou serviriam para mostrar o aumento de suposta demanda no atendimento do Hospital, o que se tornava mais um agravante e que posteriormente seria objeto de denúncia a quem de direito para apuração dos fatos.
O presidente da Câmara José Maria Tapajós, ao agradecer a todos pela participação na sessão especial disse que no dia 27, quando estará presente a secretária de Saúde do estado Silvia Cumaru, “provavelmente, nos vamos estar mais para ouvir do que para falar, porque a secretária de saúde, vai ter acesso a tudo o que foi questionado aqui, e o que não foi respondido e certamente não só a secretária, como também a direção da Pró-Saúde, terão a oportunidade de responder todos os questionamentos levantados”.