sexta-feira, 30 de julho de 2010

CARGILL REBATE ACUSAÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Por: Manoel Cardoso/Impacto
Depois da denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual (MPE) sobre possíveis irregularidades durante audiência pública para a apresentação do EIA-RIMA da Cargill no dia 14 deste mês em Santarém, a empresa do ramo graneleiro considera natural a existência de dúvidas sobre as referências bibliográficas do Estudo de Impacto Ambiental, dada a complexidade das informações contidas nas mais de 5 mil páginas do documento.
Para a diretoria da Cargill, as questões apontadas pelo Ministério Público são de caráter técnico e, que por isso devem ser respondidas nos fóruns adequados, como a audiência pública deste mês, assim como o processo de análise coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA).
A Cargill reitera que a discussão é técnica e refuta qualquer alegação de manipulação das informações, reafirmando a conclusão da CPEA sobre a viabilidade do Terminal em Santarém.
De acordo com a Cargill, o representante da Consultoria Paulista de Estudos Ambientais (CPEA), responsável pelo estudo, solicitou durante a audiência pública o detalhamento das acusações feitas pelo Ministério Público, com o intuito de averiguar com prontidão as dúvidas técnicas apontadas. A consultoria também solicitou formalmente ao Ministério Público, no dia 19 de julho, detalhes sobre tais possíveis inconsistências e, segundo a CPEA até o momento não obteve retorno.
A Consultoria Paulista informou, ainda, que apesar de não ter recebido as informações solicitadas, fundamentais para permitir uma análise criteriosa dos pontos levantados pelo MPE, realizou uma avaliação preliminar com base no que foi apresentado durante a audiência pública de 14 de julho. Para a Cargill e a CPEA houve um equívoco do MPE.
QUESTIONAMENTO – De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE) o principal questionamento em relação ao estudo refere-se a autoria de 05 figuras contidas no EIA da Cargill, que teriam sido atribuídas incorretamente a autores citados no documento.
Por outro lado, a Cargill garante que os gráficos citados são de autoria da equipe técnica da CPEA e, que teve como base dados oficiais sobre o desmatamento na área de estudo do EIA-RIMA. Segundo a diretoria da Cargill, os dados que serviram como base para as figuras questionadas pelo Ministério Público indicam taxas anuais do desflorestamento na Amazônia Legal e, que foram produzidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) através do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira Por Satélite (Prodes).