Por:     Manoel Cardoso/Impacto
Depois     da denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual (MPE) sobre     possíveis irregularidades durante audiência pública para a     apresentação do EIA-RIMA da Cargill no dia 14 deste mês em Santarém,     a empresa do ramo graneleiro considera natural a existência de     dúvidas sobre as referências bibliográficas do Estudo de Impacto     Ambiental, dada a complexidade das informações contidas nas mais de     5 mil páginas do documento.         Para a diretoria da Cargill, as questões apontadas pelo Ministério     Público são de caráter técnico e, que por isso devem ser respondidas     nos fóruns adequados, como a audiência pública deste mês, assim como     o processo de análise coordenado pela Secretaria de Estado de Meio     Ambiente (SEMA).
    A     Cargill reitera que a discussão é técnica e refuta qualquer alegação     de manipulação das informações, reafirmando a conclusão da CPEA     sobre a viabilidade do Terminal em Santarém. 
        De acordo com a Cargill, o representante da Consultoria Paulista de     Estudos Ambientais (CPEA), responsável pelo estudo, solicitou     durante a audiência pública o detalhamento das acusações feitas pelo     Ministério Público, com o intuito de averiguar com prontidão as     dúvidas técnicas apontadas. A consultoria também solicitou     formalmente ao Ministério Público, no dia 19 de julho, detalhes     sobre tais possíveis inconsistências e, segundo a CPEA até o momento     não obteve retorno.
    A     Consultoria Paulista informou, ainda, que apesar de não ter recebido     as informações solicitadas, fundamentais para permitir uma análise     criteriosa dos pontos levantados pelo MPE, realizou uma avaliação     preliminar com base no que foi apresentado durante a audiência     pública de 14 de julho. Para a Cargill e a CPEA houve um equívoco do     MPE. 
        QUESTIONAMENTO – De acordo com o Ministério Público Estadual     (MPE) o principal questionamento em relação ao estudo refere-se a     autoria de 05 figuras contidas no EIA da Cargill, que teriam sido     atribuídas incorretamente a autores citados no documento.
        Por outro lado, a Cargill garante que os gráficos citados são de     autoria da equipe técnica da CPEA e, que teve como base dados     oficiais sobre o desmatamento na área de estudo do EIA-RIMA. Segundo     a diretoria da Cargill, os dados que serviram como base para as     figuras questionadas pelo Ministério Público indicam taxas anuais do     desflorestamento na Amazônia Legal e, que foram produzidos pelo     Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) através do Programa     de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira Por Satélite (Prodes).    
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