Os diretores da Vale ameaçavam uma demissão em massa caso o governo optasse por uma solução política para a substituição de Roger Agnelli. Eu sempre achei que era bravata, mas, eles não terão que pagar o preço: o atual presidente da Vale Inco, a subsidiária da empresa no Canadá, será o escolhido para a substituição.
Além de presidir a Vale Inco Martins é diretor-executivo de Metais Básicos da Vale e representa aquilo que os seus acionistas mais desejam na vida: lucros acima de qualquer outra coisa.
A presidente Dilma jamais teve um nome na manga para substituir Agnelli: ela só queria substituir Agnelli e ponto em seguida.
Após o ponto, os escritores precisam estar alerta ao fato de que o governo tem meios legais de colocar porta afora um presidente que faz questão de manter os dois olhos nos grupos privados que comandam a empresa, deixando a União sem um soslaio sequer.
Agnelli continua a ser uma sólida referência na Vale: nos 10 anos em que a presidiu, a Vale, dobrou a produção e elevou o seu lucro de US$ 1,3 bilhão para US$ 17,3 bilhões. (parsifal)
