sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Orlando Silva pode cair ainda hoje. Ex-prefeita de Olinda é cotada para assumir Esportes

O Planalto dá sinais que, apesar de todos os esforços feitos por Orlando Silva, deverá mesmo exonerá-lo. Ontem, ao chegar da África Dilma reuniu-se com os chamados "ministros da casa" e hoje, de acordo com o jornal O Globo, mandou dizer ao ministro que não saia de Brasília no final de semana. Dilma pode chamar Orlando a qualquer momento.
A questão sobre culpa ou inocência de Silva começa a perder relevância diante do desgaste que o Governo deverá acumular com a provável revelação de novos capítulos da novela que o PM José Dias Ferreira e a revista Veja estão escrevendo.
Nem mesmo a defesa veemente do PCdoB ajuda Orlando Silva a manter-se no cargo.
Caso Orlando seja defenestrado do cargo é provável que Dilma escolha a ex-prefeita de Olinda, Luciana Santos (ao lado), também do PCdoB, para dirigir o Ministério dos Esportes.
Orlando cai por conta de seus pecados (alegados ou provados), claro, mas cai também por ter entrado em rota de colisão com a FIFA, CBF e Ricardo Teixeira, além de estar à frente de um ministério considerado o patinho feio da lagoa até a Copa de 14 e a Olimpíada de 16 serem confirmadas para o Brasil. A partir daí passou a ser cobiçado por vários partidos, incluindo o PT.
A FIFA foi mais rápida que Dilma e já não considera Orlando Silva o "interlocutor" brasileiro para os assuntos da Copa do Mundo. O secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, já "retirou" o político da função. O dirigente disse que estará no Brasil em novembro para se reunir com o "novo representante do governo" para a Copa.
- Vou ter um encontro com a nova pessoa indicada pela presidente para conduzir a Copa em nível de governo. Tenho confiança de que a presidente encontrará a pessoa certa, independentemente do que acontecer com Orlando Silva - afirmou Valcke.
De qualquer forma o Ministério dos Esportes sairá desta crise menor do que entrou. O ministro (Orlando ou outro qualquer) perderá poder e influência. Como se diz por aí, para o Governo, a Copa de 14 e a Olimpíada de 16, com suas movimentações bilionárias, eram mesmo "muita areia para o caminhãozinho" do PCdoB.

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