quarta-feira, 16 de novembro de 2011

É preciso fazer a "sintonia fina"; ou BOTA LOGO O 77, DUDA!


Logo depois da estreia da campanha do SIM no horário eleitoral gratuito elogiei a qualidade e, principalmente, o enfoque escolhido por Duda Mendonça e equipe para defender a criação de Carajás e Tapajós.
Tudo me parece no lugar. Exceto por um detalhe.
Assim como eu, diversos leitores do blog notaram a ausência do número 77 na propaganda. Trata-se, claro, de um equívoco na campanha. Como bem disse uma leitora em seu comentário, é impossível fazer campanha para eleição em urna eletrônica sem enfatizar o número do candidato ou da proposta.
Usando o pouco acesso que tenho a pessoas ligadas à campanha, repassei a preocupação coletiva. Obtive como resposta que a questão foi discutida no comando da campanha e o ajuste já está sendo providenciado.
É bom que seja assim.
A massificação do 77 é fundamental. Outro item importante é demonstrar, didaticamente, como o eleitor deve votar a favor de Carajás e Tapajós.
Os belenenses não perderam tempo e já estão repetindo ad nauseam o número que não permite a mudança.
Aqui vale a pena uma rápida reflexão.
A "Turma do Contra", definitivamente, abriu mão de argumentar ou debater o que quer que seja. Estão claramente dispostos a interditar a discussão e já passaram a usar armas que vão desde o sentimentalismo xarope até a mentira pura e simples.
Na verdade, estão surpresos com os números apurados pela pesquisa do Instituto Datafolha. Não falo aqui dos números referentes à intenção de votos. Estes estão, mais ou menos, no patamar esperado para o início da campanha no rádio e televisão. Falo de números que apontam, por exemplo, a péssima avaliação de Jatene pelo eleitorado paraense e a percepção de que a vida melhora com a criação dos novos estados (leiam os dois posts abaixo).
Analisados com atenção percebe-se que, a partir do momento que o eleitorado vislumbrar as digitais de Jatene e Zenaldo na campanha do "NãoNão", a rejeição que o eleitorado hoje tem ao governo dos tucanos pode contaminar a campanha "deles". Combine a isso a sensação de que a vida melhora com a criação dos novos estados e a "Turma do Contra" estará em péssimos lençóis.
No programa de hoje o "NãoNão" mais uma vez "escondeu" seus líderes. Por outro lado, o programa do SIM já começou a questionar quem "está por trás" da campanha do "NãoNão". É um bom caminho. Tomara que seja ainda mais explorado.
Insisto que o SIM teve uma grande largada. O programa é criativo, propositivo e politizado, sem apelações ou baixarias. Precisa de ajustes? Claro! Mas trata-se mais de fazer a "sintonia fina".
Pior está a campanha do não. Trata-se de uma réplica piorada da campanha de Jatene. Música, cantores, programação visual, tudo é copiado da campanha do PSDB (Orly Bezerra, marqueteiro de Jatene, não deixaria passar a oportunidade de assinar mais esta "obra", não é?), só que desta vez sem qualquer conteúdo.
Se na campanha do Sim busca-se provar que, mais uma vez, a esperança pode vencer o medo, na campanha do não a arrogância já venceu a criatividade.
Blog - Contraponto