O esvaziamento do Paraíso Shopping Center
Da redação de O Estado do Tapajós
Dia
5 de fevereiro o Empório CR fecha as portas para reabrir, em seguida,
no prédio onde funcionava uma revendedora de automóveis, também na
avenida Mendonça Furtado.
Esta não foi a primeira e não será a última loja que deixa o shopping Paraíso que, desde sua inauguração, tem baixa ocupação.
No mês passado a Mundo Verde se mudou para a praça de São Sebastião. Já se fala que uma ótica será a próxima baixa.
Mas o que está mesmo acontecendo para que os lojistas comecem a bater em retirada do espaço do Paraíso? Cezar
Ramalheiro, cap do CR, diz que a administração do shopping é amadora e
centralizadora, entregue nas mãos do ex-goleiro do Bangu, Palmiere, cujo
nome consultado no Google apresenta referências nada edificantes.
Ouro
motivo da crise é a falta de diálogo da administração com os lojistas e
os abusivos preços dos aluguéis, que são superiores aos shoppings da
capital, mesmo o espaço tendo um fluxo de clientes inferior aos
congêneres localizados em Belém.
Quase
metade das lojas ou atividades instaladas no Paraíso é de propriedade
ou com ele tem sociedade a dona do shopping que, além disso, fincou
parentes em cargos estratégicos da administração, como o marketing.
Segundo
Ramalheiro, nem mesmo a interface entre o shopping e o poder público
foi estabelecida.Por exemplo, praticamente nenhum itinerário de ônibus
centro-bairro tem o shopping como referência. Eventos, cinema,
diversificação da praça da alimentação também empacaram.
Ou
seja: o Paraíso continua com uma administração meramente familiar, que
atravanca o desenvolvimento do shopping, causa prejuízo aos lojistas e,
por tabela, afeta o consumidor que deixa de ter a sua disposição um
espaço de compras privilegiado e com conforto.