Contra vontade de Dilma, Câmara vota previdência privada para servidor só depois do Carnaval
O Governo, mesmo com sua esmagadora maioria não conseguiu colocar em
votação a PEC da Previdência Complementar dos Servidores Públicos antes
do Carnaval. Dilma Rousseff queria evitar a todo custo que o Congresso
fosse pressionado pela mobilização dos barnabés federais, programada
justamente para depois da festa de Momo, em Brasília.
Os líderes partidários decidiram esta tarde, em reunião com o presidente
da Câmara, deputado Marco Maia (PT-SP), votar ainda hoje as medidas
provisórias 544 e 545. A MP 544 cria regime especial tributário para a
indústria de defesa e estabelece normas especiais para compra de
produtos e contratações de serviços de sistemas de defesa. A MP 545, por
sua vez, cria o Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da
Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine) e o Programa Cinema Perto
de Você. A MP também altera a incidência de PIS/PASEP e da Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na cadeia produtiva
do café.Os líderes também acertaram a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata da aposentadoria integral para servidores aposentados por invalidez. A votação da PEC será em segundo turno. Se aprovada, seguirá para apreciação do Senado Federal.
Em relação à votação da PEC que cria o Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais (Funpresp), todos os líderes concordaram em votar a matéria no dia 28 de fevereiro. Entre os partidos de oposição, o líder do PSDB, deputado Bruno Araújo (PE), disse que a legenda irá votar favoravelmente à criação do fundo. Já o líder do DEM, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), disse que irá obstruir a votação da proposta.
