O Minha Casa Minha Vida, para famílias que recebem de
0 a 3 salários mínimos, é um dos programas voltados para o público-alvo
do Brasil Sem Miséria, plano lançado em 2011 como carro-chefe do
governo Dilma Rousseff e que reúne ações como o Bolsa Família, o
Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa de Erradicação do
Trabalho Infantil. Em todo o Brasil, até 15 de outubro, mais de 300 mil
unidades foram entregues nessa faixa de renda. Mas o plano – criado para
tirar 16,2 milhões de pessoas que ainda vivem abaixo da linha de
pobreza extrema, isto é, com renda mensal inferior a R$ 70 – enfrenta
uma série de fraudes investigadas por MP, PF, Controladoria Geral da
União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU), como mostra
levantamento do GLOBO nos órgãos de controle.
País afora, o Brasil Sem Miséria é alvo de
fraudes comandadas por pessoas que deveriam zelar pela boa execução do
programa – mas se transformaram em exploradores da miséria e não se
constrangem em ludibriar os que estão no extremo da pobreza, para quem
falta até comida.