terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Assim vai sumir...

Atlas disseca a Amazônia e faz alertas para o futuro

Do Valor Econômico
Entre o ano 2000 e 2010, 240 mil km2 de floresta amazônica sumiram do mapa. É o equivalente ao desaparecimento do território do Reino Unido em diversidade social e ambiental, rios e florestas, culturas e tradições, que deram lugar a pastagens e exploração de madeira, hidrelétricas, indústrias, mineradoras, extração de petróleo e gás e estradas na Amazônia inteira, não só na parte brasileira. Se continuar assim, metade da floresta como a conhecemos hoje pode desaparecer em breve.
A previsão está no “Atlas Amazônia sob pressão”, uma publicação inédita que está sendo lançada hoje por uma rede de 11 organizações de oito países amazônicos, que fez um diagnóstico da pressão atual e das ameaças futuras que a região pode enfrentar.
O atlas observa com lupa uma região de 7,8 milhões de km2, quase 1.500 municípios e mais de 30 milhões de pessoas. O foco era analisar o que ocorre nas áreas protegidas e nos territórios indígenas dos países amazônicos. “A Amazônia está vivendo uma fase de supressão”, diz o antropólogo Beto Ricardo, coordenador-geral da Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg), a rede de organizações responsável pelo trabalho. “A Amazônia é flora, água doce e diversidade cultural. Esse triunvirato está desaparecendo.”