Homossexuais de santarém repudiam declarações de pastor
Ewerton dos Santos, do GHS de Santarém, mostra revolta da classe
As declarações do pastor e Presidente da
Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, em Brasília,
Marco Feliciano (PSC/SP), sobre “cura gay” e frases homofóbicas
repercutiu junto a entidades homoafetivas de Santarém. O Grupo
Homoafetivo de Santarém (GHS) repudiou as declarações do pastor Marco
Feliciano, mas foi enfático ao afirmar que não é contra a Igreja
Evangélica. Em abril deste ano, além de ter sido acusado de homofobia e
racismo, Feliciano semeou polêmicas no Congresso Nacional, onde também
defendeu o projeto da “cura gay”, após afirmar que a AIDS é “câncer
gay”.
Para o vice-presidente do GHS, Ewerton
Luís Reis dos Santos, no seu ponto de vista, por ser líder de uma
Associação e Organização Não Governamental (ONG) e de ser um lutador
pelos Direitos Humanos, acredita que Feliciano deveria pregar algo a
favor das classes menos favorecidas como os índios, negros,
homossexuais, mulheres vítimas de agressão dos maridos, crianças e
adolescentes e não uma luta contra gays numa forma de chamar atenção da
mídia.
Assim como a comunidade evangélica é
muito grande, segundo Ewerton Luís, a não evangélica também e, que por
conta disso, o Pastor aproveita o tema, considerado difícil de ser
abordado, por uma questão religiosa, por causa da Igreja Evangélica
declarar ser contra o casamento homoafetivo, para que possa ser
beneficiado com status pessoais.
“Quando alguém é presidente dos
Direitos Humanos, deve lutar pelos direitos da humanidade. E quando se
coloca um evangélico, que vai tomar isso apenas para o seu lado
religioso e esquece dos outros, isso não é válido, ou seja, não está
beneficiando o povo. O Marco Feliciano não me representa como presidente
dos Direitos Humanos, principalmente por ser homofóbico e está
propagando a homofobia”, aponta.
REPERCUSSÃO: De acordo com
Ewerton Luís, o pastor Marco Feliciano está fazendo uma grande campanha
que já ganhou proporção mundial, por conta de tentar criar um remédio
para uma coisa que não existe. “Ser gay, homoafetivo ou lésbica não é
uma doença, mas uma direção pessoal, então, você se define como se acha
melhor e como se sente bem”, defende.
REPÚDIO: Ewerton Luís declara que
o Brasil inteiro repudia as declarações do Pastor, principalmente por
ter sido visto nas manifestações que ocorreram em várias cidades do
País, muitas pessoas com cartazes reivindicando seus direitos LGBTs e
totalmente contra Marco Feliciano.
Fonte: RG 15/O Impacto