Preço da comida vendida nas barracas é um abuso contra o consumidor
Preços variados e acima da média nas
barracas e restaurantes de Alter do Chão levaram os consumidores de
Santarém e de outras cidades a reclamarem do preço ‘salgado’ das
refeições. Bebidas e refeições são apontadas pelos consumidores como os
produtos que sofreram o maior reajuste em Alter do chão, por conta das
proximidades do Sairé.
“Estão roubando de cara limpa em Alter do Chão”, disse revoltado o consultor comercial Frederic Silveira.
Ele esteve no último final de semana em
Alter do Chão e constatou os valores exorbitantes dos produtos
oferecidos aos visitantes de Santarém e turistas estrangeiros. Segundo o
consultor, uma banda do peixe tambaqui, conhecido na região Oeste do
Pará, custa em torno de R$ 70,00 e um frango assado R$ 50,00.
“O turista ainda é obrigado a pagar R$
10,00 de gorjeta para o garçom que vem na sua mesa 11 da manhã para
fazer o pedido e retorna às 14h30 para servir o almoço”, denuncia
Frederic, acrescentando que os preços altos dos produtos podem afastar
os turistas da região.
“Me digam meus amigos, será que isso
está certo? Os turistas vão querer voltar? Ou melhor, vão falar o que do
nosso mais badalado ponto turístico?”, questiona.
TURISMO: Para quem traz na mente
as imagens convencionais da Amazônia, chegar à vila de Alter do Chão, a
37 quilômetros de Santarém, é um espanto. Primeira surpresa, as águas do
Tapajós, o mais bonito dos rios da Região Norte. Mornas e cristalinas,
são de um azul intenso, que lembra o mar. Essa Amazônia de ares
caribenhos se completa com mais de 30 quilômetros de praias de areia
macia, branquinha. De uma margem do rio não se vê a outra – um efeito
tão impressionante que os primeiros navegadores europeus, há mais de 400
anos, provavam de suas águas para ter certeza de que não era salgada.
