Símbolo do Sairé ou Çairé mostra a tradição de um povo antigo e religioso
Diversas irregularidades ocorridas na
liberação de recursos para o Sairé/Çairé 2013, na vila balneária de Alter de
Chão viraram tema de denúncias de profissionais de vários segmentos em
Santarém, Oeste do Pará. Além de irregularidades na liberação de
recursos, as normas para profissionais da imprensa se credenciar para o
Festival geraram polêmica.
Uma fonte informou que a coordenação do
Sairé/Çairé já mudou o CNPJ três vezes, para poder receber os recursos no
valor R$ 400 mil, o qual teria sido destinado às associações folclóricas
Boto Tucuxi e Cor de Rosa. Outra denúncia dá conta de que os dois botos
tanto o Tucuxi quanto o Cor de Rosa estão com situação irregular junto
ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Por conta dessa situação, o dinheiro
para o Festival desse ano teria sido repassado diretamente para o
Instituto Planalto Amazônia (IPA), localizado na rodovia
Santarém-Cuiabá, quilômetro 15, na Comunidade de São José, o qual seria a
mesma entidade que recebeu a verba repassada para o carnaval deste ano.
Para analistas políticos, o ato do repasse de verba, dá a entender que
houve desvio de dinheiro público sem ter sido feita a licitação.
“A pessoa que toma conta do IPA é o Ezil
Corrêa. Esse rapaz e uma funcionária, só os dois já arrecadaram mais de
R$ 100 mil, R$ 105 mil para ser mais exato, do Governo Von para ser
investido no Sairé/Çairé. Na realidade, ele mantém essa entidade filantrópica
de fachada para lavar dinheiro para políticos que apresentam emendas e
destinam a essa entidade que faz o uso e a distribuição do recurso e
presta conta. A entidade, que está funcionando a menos de dois anos e
como o governo Federal exige três para angariar recurso na esfera
federal, só tem arrecadado dinheiro do Estado e do Município”, denuncia
um analista político.
O problema também teria sido a causa do
atraso na liberação dos recursos para o Sairé/Çairé do ano passado, ainda na
gestão da ex-prefeita Maria do Carmo Martins Lima (PT).
Para este ano, segundo uma fonte, toda
estrutura de palco, da preparação do Sairódromo e das arquibancadas foi
custeado pela Prefeitura de Santarém, através do repasse feito para
Coordenação do Sairé/Çairé deste ano. Informações dão conta de que a firma que
fez a estrutura metálica das arquibancadas do (Ç) Sairódromo, contratada de
Manaus e, que foi usada no Festribal, em Juruti, já havia sido
contratado três meses antes do início do serviço.

