sexta-feira, 20 de setembro de 2013

SAIRÉ OU ÇAIRÉ: UM FESTIVAL DE IRREGULARIDADES.

Símbolo do Sairé ou Çairé mostra a tradição de um povo antigo e religioso

Disputa dos botos Tucuxi
Disputa dos botos Tucuxi
Diversas irregularidades ocorridas na liberação de recursos para o Sairé/Çairé 2013, na vila balneária de Alter de Chão viraram tema de denúncias de profissionais de vários segmentos em Santarém, Oeste do Pará. Além de irregularidades na liberação de recursos, as normas para profissionais da imprensa se credenciar para o Festival geraram polêmica.
Uma fonte informou que a coordenação do Sairé/Çairé já mudou o CNPJ três vezes, para poder receber os recursos no valor R$ 400 mil, o qual teria sido destinado às associações folclóricas Boto Tucuxi e Cor de Rosa. Outra denúncia dá conta de que os dois botos tanto o Tucuxi quanto o Cor de Rosa estão com situação irregular junto ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Por conta dessa situação, o dinheiro para o Festival desse ano teria sido repassado diretamente para o Instituto Planalto Amazônia (IPA), localizado na rodovia Santarém-Cuiabá, quilômetro 15, na Comunidade de São José, o qual seria a mesma entidade que recebeu a verba repassada para o carnaval deste ano. Para analistas políticos, o ato do repasse de verba, dá a entender que houve desvio de dinheiro público sem ter sido feita a licitação.
Símbolo do Sairé
Símbolo do Sairé/Çairé
“A pessoa que toma conta do IPA é o Ezil Corrêa. Esse rapaz e uma funcionária, só os dois já arrecadaram mais de R$ 100 mil, R$ 105 mil para ser mais exato, do Governo Von para ser investido no Sairé/Çairé. Na realidade, ele mantém essa entidade filantrópica de fachada para lavar dinheiro para políticos que apresentam emendas e destinam a essa entidade que faz o uso e a distribuição do recurso e presta conta. A entidade, que está funcionando a menos de dois anos e como o governo Federal exige três para angariar recurso na esfera federal, só tem arrecadado dinheiro do Estado e do Município”, denuncia um analista político.
O problema também teria sido a causa do atraso na liberação dos recursos para o Sairé/Çairé do ano passado, ainda na gestão da ex-prefeita Maria do Carmo Martins Lima (PT).
Para este ano, segundo uma fonte, toda estrutura de palco, da preparação do Sairódromo e das arquibancadas foi custeado pela Prefeitura de Santarém, através do repasse feito para Coordenação do Sairé/Çairé deste ano. Informações dão conta de que a firma que fez a estrutura metálica das arquibancadas do (Ç) Sairódromo, contratada de Manaus e, que foi usada no Festribal, em Juruti, já havia sido contratado três meses antes do início do serviço.