sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Descaso do Estado com as Escolas Estaduais

Diretora denuncia descaso do estado com Escola Barão do Tapajós

Diretora Sérgia Mafra denuncia abandono das obras e início das aulas será prejudicado

 Diretora Sérgia Mafra
Diretora Sérgia Mafra
Cadeiras ao relento, telhas amontoadas pelo chão e o prédio em ruínas. Este é o cenário da Escola Estadual Barão do Tapajós, localizada na Avenida Rui Barbosa, no bairro da Aldeia, em Santarém, Oeste do Pará, onde um mês após a paralisação das obras de reforma, a diretoria teme que os alunos sejam prejudicados.
De acordo com a diretora do Barão do Tapajós, Sérgia Mafra, cerca de 359 alunos da 6ª a 8ª séries do ensino fundamental e do projeto de Educação de Jovens e Adultos (EJA), de 3ª e 4ª etapas podem ser diretamente prejudicados, caso a reforma da escola não reinicie com urgência. Ela diz que está preocupada com os alunos, principalmente quando os pais procuram a escola para matricular os filhos.
“O primeiro semestre já vai começar em fevereiro. A gente fica preocupada porque o prédio da escola ainda está praticamente no chão. A empresa, responsável pela obra diz que não tem hora nem dia marcado para recomeçarem os trabalhos, porque está faltando dinheiro por parte do Governo do Pará e muitas coisas estão sendo alegados por isso”, afirma a professora Sérgia Mafra.
Por conta do problema, segundo ela, tanto os professores quanto os representantes dos conselhos escolares tomaram uma posição de reunir todas as escolas que estão em reforma para que possam entrar com uma Ação Civil, nos ministérios públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF), para que possam ter alguma resposta sobre o reinício das obras de reforma.
Professora Sérgia reforça que até o momento ainda não obteve nenhuma resposta por parte da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) e nem da 5ª Unidade Regional de Educação (URE), no sentido de quando as obras deverão ser reiniciadas.
“Já nos reunimos com o engenheiro da obra, mas até o momento não obtivemos nenhuma resposta. A gente avisa para os pais que mesmo a Escola estando praticamente no chão, vamos iniciar o ano letivo no dia 17 de fevereiro, nem que seja embaixo das árvores”, avisa professora Sérgia, denunciando que o governador Simão Jatene também não deu nenhuma resposta sobre quando a reforma será reiniciada.
“Mesmo assim não vamos perder nossos alunos. Os pais devem ficar tranqüilos que vamos reiniciar as aulas. Nós já falamos e garantimos que as aulas vão acontecer”, concluiu.
PROJETO: O projeto previa a demolição completa da escola Barão do Tapajós. No local, deveria ser construída uma nova estrutura, mais moderna e confortável para os alunos. No entanto, até agora, a obra está longe do fim. Foram iniciadas 10 salas de aula, mas nenhuma chegou a ser concluída. Os serviços estão parados há um mês, por falta de pagamento dos funcionários. A empresa Consutec, responsável pelas obras, alega que isso ocorreu por falta de repasse do governo do Estado.
A diretora da escola Barão do Tapajós teme perder alunos devido a precária condição do ambiente escolar. “Os pais não vão deixar seus filhos ficarem, já que as aulas iniciam dia 17, e se não estiver pronta, nós vamos ter essa perda de alunos. Eu creio que precisa ter mais responsabilidade, um compromisso com a educação, porque a base de um País é a educação. Se não tiver educação as obras ficam mortas”, lamenta Sérgia Mafra.
Fonte: RG 15/O Impacto