Sessão especial comemora 110 anos da Igreja Batista de Santarém
Pastores e colaboradores da Igreja Batista participaram da sessão na Câmara Municipal de Santarém
Uma sessão especial realizada na manhã desta
terça-feira, 25, na Câmara Municipal de Santarém, homenageou os 110 anos
de fundação da Igreja Batista de Santarém. Participaram da sessão,
estudantes do Colégio Batista de Santarém; os pastores da Igreja
Batista, Almir Manoel da Luz e João Martins; professor Frank, além dos
vereadores e demais funcionários da Casa Legislativa.
Em
janeiro deste ano, a Primeira Igreja Batista (PIB) de Santarém, no
Pará, comemorou 110 anos de fundação e atividades cristãs na cidade e
região do Baixo e Médio Amazonas. Durante as comemorações ocorreram
conferências, tendo como preletor o reverendo Norton Riker Lages, Pastor
Presidente da Primeira Igreja Batista de Manaus (Amazonas), que abordou
temas de eclesiologia: unidade, comunhão, missão e dons da graça de
Deus à Igreja.
A
PIB de Santarém é atualmente pastoreada pelo reverendo Almir Manoel da
Luz. A Igreja se consolida como o fruto do trabalho pioneiro do
Missionário Eurico Nelson, fundador também da Primeira Igreja Batista do
Pará e da Primeira Igreja Batista do Amazonas. Participaram das
comemorações diversas pessoas da sociedade santarena, pastores e membros
das Igrejas convencionais da cidade e de outras denominações. A PIB de
Santarém foi a primeira Igreja evangélica da vasta região do Baixo
Amazonas, procedendo dela um grande número de outras congregações, que
eventualmente se tornaram Igrejas.
Já
o ministério social desenvolvido pelo Pastor Sóstenes Pereira de
Barros, fundador da Igreja Batista no Baixo Amazonas, foi muito marcante
na região. Procurando sempre ajudar pessoas enfermas, sem teto ou sem
emprego, e crianças fora da escola, idealizou e fundou o Instituto
Batista de Santarém, hoje Colégio Batista de Santarém, cujo internato
foi, em parte, mantido por doações, pois poucos internos conseguiam
pagar a despesa.
Ainda
que o número de bolsistas sem cobertura alguma no Instituto fosse
grande, sempre cabia mais uma carteira para crianças carentes que
demonstravam interesse em estudar ali.
Além
da escola com internato, foram criados abrigos para pessoas doentes que
vinham de municípios vizinhos para se tratar na cidade e desabrigados
das cheias dos rios. Em 1953, inclusive, por ocasião da grande cheia do
rio Amazonas, participou da equipe coordenadora, dando vacinas e
deslocando desabrigados em todo o Baixo Amazonas.
Sempre
idealista e realizador, organizou a primeira cooperativa da região do
Baixo Amazonas em uma comunidade do rio Arapiuns – desejava ver os
próprios agricultores terem condições de vender o que produziam em
Santarém, pois visava à melhoria de vida daquela população até então
isolada.
Respeitado
por prefeitos, juízes e, muito mais, pela população daquela região, era
constantemente convocado pelos juízes e políticos para presidir mesas
de apuração de votos nas eleições, a todos atendendo com presteza e
humildade.
No
início dos anos 60, observando que a cidade não contava com o ensino
médio público – só havia em escolas religiosas particulares, Sóstenes
procurou a ajuda de políticos atuantes na capital para que um colégio
estadual fosse criado em Santarém, fato que se consumou em 1964, com a
fundação do Colégio Álvaro Adolfo da Silveira, do qual foi o primeiro
diretor.