SEGURANÇA PÚBLICA EM SANTARÉM É QUASE
UMA QUIMERA: OAB CONSTATA QUE A UNIDADE POLICIAL DE ALTER DO CHÃO NÃO
CUMPRE SUA FUNÇÃO INSTITUCIONAL
Na última quinta (18), o presidente
Ubirajara Bentes Filho, quando participava da posse da Diretoria do
Conselho Comunitário de Alter do Chão, recebeu denúncia de membros do
Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado do Pará (SINDIPOL)
de que a unidade policial da Vila Balneária estava fechada às 20 horas,
numa quinta-feira bastante movimentada de turistas e de moradores de
Santarém em férias, deixando as pessoas e a comunidade desprotegidas.
Ubirajara Bentes ficou indignado, enfatizando que desde o início da
atual gestão vem denunciando o descaso com a segurança pública em
Santarém e no Baixo Amazonas: “Segurança pública é um direito do cidadão
que diz respeito à vida mas infelizmente o estado do Pará brinca de
fazer segurança, ou seja, faz apenas propaganda. Não adianta construir
unidades policiais se não tem efetivo, não tem recursos humanos”.
Ubirajara Bentes lembrou aos membros do SINDIPOL que uma reunião que
participou na sede da seccional do Pará, onde o secretário Luiz
Fernandes “… mostrou números maravilhosos que logo foram desconstruídos
pelos membros do sindicato, que descortinaram a verdade. Enquanto o
secretário de Segurança afirmava que o índice de homicídios se reduzia a
3 ou 4 mortes em todo o estado, o SINDIPOL apresentou provas de que
morriam entre 9 e 10 pessoas, só em Belém, isso no início do semestre”.
Informações colhidas junto aos comunitários de Alter do Chão dão conta
de que “é necessário marcar hora para fazer uma ocorrência policial”, o
que é um absurdo enfatizou Ubirajara Filho. Para o presidente da
subseção da OAB, que também visitou a sede do Conselho Tutelar de Alter
do Chão e encontrou o órgão em pleno funcionamento, com os conselheiros
cumprindo diligências e atendendo regularmente os moradores da
comunidade, “os baixos números de violência no estado, apresentados pelo
secretário de Segurança pública, coincidem com as delegacias fechadas,
ou seja, não há índice porque simplesmente nem sempre há como se
comunicar com a autoridade policial”.