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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Microssistema e ruas do Diamantino estão completamente abandonados. De quem é a culpa? Minha não é?

Moradores denunciam abandono de microssistema

Caixa d`água do bairro Diamantino está furada e encontra-se no chão há mais de seis meses

Caixa d`água do bairro está furada e encontra-se no chão há mais de seis meses
Caixa d`água do bairro está furada e encontra-se no chão há mais de seis meses
Cansados de esperar por soluções por parte da Prefeitura de Santarém, os moradores da Avenida Alvorada e da Rua Padre Felipe Bettendorf, no bairro do Diamantino, em Santarém, Oeste do Pará, denunciam o abandono das vias e a falta de manutenção do microssistema de água. Por conta do problema no microssistema, os moradores afirmam que estão comprando água de pessoas que possuem poços artesianos.
Hoje, quem trafega próximo ao local onde funcionava o microssistema de abastecimento de água do Diamantino se depara com o retrato do abandono. Além da madeira apodrecida da estrutura do microssistema, a caixa d’água se encontra jogada no chão. Segundo os moradores, o microssistema do bairro foi desativado há mais de seis meses, devido à estrutura estar danificada. A caixa d’água precisou ser retirada da estrutura para evitar acidentes.
Uma moradora informou que quando havia microssistema as famílias pagavam apenas uma taxa para ajudar na manutenção. Hoje, segundo ela, mais de 10 mil pessoas sofrem com a falta de abastecimento de água potável no Diamantino. “A taxa do microssistema era apenas de R$ 20. Com o passar do tempo, muitos usuários foram deixando de utilizar a água do microssistema. Há seis anos o microssistema não recebe manutenção, já comunicamos ao Ministério Público, já solicitamos ajuda do poder público e não recebemos nenhuma ajuda”, denunciou a moradora, que preferiu não ter seu nome divulgado para evitar represálias.
Local onde funcionava a bomba de água é usado para consumo de drogas e prostituição
Local onde funcionava a bomba de água é usado para consumo de drogas e prostituição
Devido ao problema, alguns moradores decidiram cavar poços artesianos. Quem não tem condição financeira para instalar esse sistema, consegue água com o vizinho pagando uma taxa que varia entre R$ 30,00 e R$ 50,00. “Água para beber a gente tem que comprar. A água é cedida pelo vizinho, a gente paga uma taxa para ajudar na conta de energia. Aqui não tem água”, afirmou o autônomo Maurício Siqueira.
Além do problema no microssistema, os comunitários também denunciam o abandono das ruas. Carros, motocicletas, ciclistas e pedestres têm dificuldades para trafegar nas principais ruas do Diamantino. Idosos que se arriscam a caminhar na Avenida Alvorada afirmam que temem cair em um buraco e sofrer uma lesão na perna ou em outra parte do corpo.