sexta-feira, 1 de agosto de 2014

PONTO DE PROSTITUIÇÃO E DROGAS...

Residencial Moaçara vira ponto de prostituição e consumo de drogas

Obras foram paralisadas e residencial está abandonado, servido de abrigo de vagabundos e traficantes

Obra de construção do Residencial Moaçara I
Obra de construção do Residencial Moaçara I
A obra de construção do Residencial Moaçara I, pertencente ao programa do governo federal “Minha Casa, Minha Vida”, localizada no bairro do Aeroporto Velho, em Santarém, Oeste do Pará, virou motivo de preocupação para moradores das proximidades. Segundo os comunitários, após a paralisação dos serviços no final do ano passado, o local está sendo usado freqüentemente para a prática de sexo de casais, assim como ponto de venda e consumo de drogas, por viciados e traficantes.
Inconformados com o problema, os comunitários cobram soluções emergentes por parte dos órgãos que administram o empreendimento. Além da falta de segurança, o local também está sendo tomado pelo mato e por insetos.
Em novembro do ano passado, após pedir concordata, a empresa Carmona Cabrera paralisou as obras do Residencial Moaçara I, deixando centenas de famílias preocupadas com o descumprimento do prazo para a conclusão do conjunto habitacional.
Já no mês de dezembro, dezenas de trabalhadores realizaram uma manifestação na Avenida Moaçara, em frente ao residencial, cobrando da direção da Carmona Cabrera o pagamento dos salários atrasados. Durante o protesto, houve confronto entre os operários e policiais do Grupo Tático Operacional (GTO). Um grupo de trabalhadores e profissionais da imprensa santarena ficaram feridos.
A Associação dos Moradores do Bairro do Aeroporto Velho (Ambav) informou que mediante a falta de informação por parte da empresa em relação à conclusão da obra, vem realizando uma série de reuniões, para definir as estratégias que serão usadas para protestar contra o descaso da administração pública. “Faz muito tempo que a gente vem lutando pelas moradias e aconteceu isso. São 9 anos de luta, então, a Comunidade decidiu que, se a Caixa Econômica não se pronunciar, a Associação vai selecionar as pessoas para ocupar as casas que já estão quase prontas”, alerta o presidente da AMBAV, Francisco Barbosa, o “Chiquinho”.
Segundo ele, as casas que ainda estão no alicerce não terão como ser ocupadas e, que por isso algumas famílias decidiram que vão terminar a construção antes de começar a usar o imóvel. “Então, isso pra gente é uma falta de responsabilidade do poder público para com a população. Será que Santarém vai ficar marcada por esse tipo de construção que inicia e não termina?”, questiona Chiquinho.